Quando senti os primeiros fervores de O Sabor das Trevas nos caldeirões e retortas da minha oficina-laboratório de velho operário de palavras e paixões, pensei que este livro fosse diferente dos meus anteriores e, confundindo diferença com melhoria de qualidade, logo resolvi dedicar-lho para satisfazer um sonho que trazia, há muito, no sangue: o de manifestar publicamente a minha estima e admiração pelo grande poeta, romancista e camarada que Você é, e a quem devo favores e bondades sem número: como a publicação, de sociedade com Joaquim Namorado, de Poesia – I, o incitamento para ressuscitar o João Sem Medo, escrito em 1933, a consagração dos meus 50 anos de escritor (julgava que eu não sabia, hem?), etc., etc.