Novo Romance de Alfredo Margarido. Editorial Presença. Lisboa, 1962, 289 págs. Mole.
Novo Romance de Alfredo Margarido. Editorial Presença. Lisboa, 1962, 289 págs. Mole.
ATACADO por uns, generosamente recebido por outros, o Novo Romance começa a crescer, a derrubar fronteiras, elevando ao primeiro plano da literatura contemporânea os nomes dos seus chefes de fila. Já não se trata de caminhar no âmbito fluido e versátil de uma moda visto que críticos responsáveis e autores de nomeada como, entre outros, Moravia e Vittorini não recusaram o seu aplauso ao Novo Romance, mas quiçá de uma viragem do romance contemporâneo. E se um indiscutido Samuel Beckett, um Michel Butor, um Alain Robbe-Grillet nos surgem nitidamente diferenciados nos seus romances, não é menos certo que os liga uma atitude de recusa, de reacção contra os cânones de uma tradição romanesca que se arvorou em definitiva. As diversas partes que constituem o presente volume procuram assim dar ao leitor uma visão completa de toda a estrutura do «nouveau roman». Alfredo Margarido e Artur Portela Filho, dois escritores cujas pesquisas se têm processado na linha desta escola, dão à sua obra o seguinte desenvolvimento: um estudo dos fundamentos do Novo Romance e das características dos seus mais destacados representantes; a situação do Novo Romance na literatura actual; depoimentos de Michel Butor, Claude Simon e Nathalie Sarraute expressamente concedidos para esta edição; textos teóricos de Grillet, Butor e Sarraute em que definem os lineamentos gerais da sua obra; uma recolha de críticas nacionais feitas ao Novo Romance; e, finalmente, uma antologia de textos dos novos romancistas, devidamente comentados por Alfredo Margarido e Artur Portela Filho
Peso | 330 g |
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