Entreabriu um olho com dificuldade e tentou ver no escuro. Tinha adormecido havia horas, ou assim supunha, embalado no monótono ping-pang da água que se infiltrava do telhado para cair no balde de zinco, e no plic-ploc inconfundível e mais espaçado das gotas que, escorrendo do rebaixo, ficavam um instante a tremer suspensas da aresta do alizar e depois tombavam desamparadas na bacia do lavatório, ali posta, como o balde além, expressamente para as recolher.
Nikalai! Nikalai! de José Rodrigues Miguéis. Editorial Estampa. Lisboa, 1982, 203 págs. Mole. 2ª Edição.
Entreabriu um olho com dificuldade e tentou ver no escuro. Tinha adormecido havia horas, ou assim supunha, embalado no monótono ping-pang da água que se infiltrava do telhado para cair no balde de zinco, e no plic-ploc inconfundível e mais espaçado das gotas que, escorrendo do rebaixo, ficavam um instante a tremer suspensas da aresta do alizar e depois tombavam desamparadas na bacia do lavatório, ali posta, como o balde além, expressamente para as recolher.
| Peso | 290 g |
|---|
História
Literatura Estrangeira
Literatura Estrangeira
Rua Álvaro Cunhal
nº 4A, Piso 1, Escritório 1
2005-414 Santarém
Visitas por marcação.
