Arte do Próximo Oriente

Quem chegasse a Babilónia deparava-se com uma espantosa colina artificial, uma complexa estrutura de terraços, “densamente plantada com árvores de toda a espécie que, pelo seu grande tamanho e encanto, davam prazer a quem as via”. A descrição é de Diodoro Siculo, que conta ainda como as “máquinas de água içavam a água do rio, embora ninguém as visse do lado de fora”. Esta maravilha perdida do mundo antigo poderia bem simbolizar toda a história da Mesopotamia, a história do prodigioso dominio do homem sobre a natureza.

Esta terra árida, de chuvas imprevisiveis e cheias devastadoras, é transformada pela acção dos homens num vasto celeiro que alimenta as primeiras cidades, complexos centros de civilização, onde florescem as invenções e as artes. Este desejo de controlar as forças destrutivas, de preservar a ordem e a prosperidade está patente em toda a arte do o próximo oriente antigo, desde a literatura suméria, e das suas representações de procissões votivas e celebrações de colheitas, às cenas de caça em que o soberano ou o herói se defronta com as feras, motivo recorrente nos belissimos selos cilindricos de Akkad e do protodinástico, mas presente ainda nos relevos do palácio norte de Ninive. Mais do que um acto de bravura, representam a tentativa de reequilibrar as forças da natureza, e exaltam o soberano, garante deste equilibrio.

Representante dos deuses, e ele próprio divino, o soberano surge no centro de muita da arte mesopotâmica, literalmente maior do que os homens: o rei guerreiro e conquistador dos assirios, como Senaqueribue que preside ao brutal cerco de Laquis no relevo de Ninive: o rei deus e herói; o rei construtor de templos e palácios imensos, tema recorrente em toda a iconografia mesopotâmica, e também ele representado nos jardins suspensos, onde, a acreditar nas descrições, inscrições monumentais anunciavam “Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilónia, que fez isto.”

Neste volume traça-se a história destes primeiros construtores de maravilhas, uma história tão cheia de incertezas como a dos próprios jardins, fragmentada pelo tempo, ainda não totalmente recuperada, ainda hoje ameaçada pela guerra e pelos saques. Mas nunca esquecida: a memória bíblica da torre de Babel mostra bem como foi marcante este período em que, dos sacerdotes sumérios com os seus zigurates às dinastias aqueménidas, a vontade do homem fez nascer prodigios.

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Quem chegasse a Babilónia deparava-se com uma espantosa colina artificial, uma complexa estrutura de terraços, “densamente plantada com árvores de toda a espécie que, pelo seu grande tamanho e encanto, davam prazer a quem as via”. A descrição é de Diodoro Siculo, que conta ainda como as “máquinas de água içavam a água do rio, embora ninguém as visse do lado de fora”. Esta maravilha perdida do mundo antigo poderia bem simbolizar toda a história da Mesopotamia, a história do prodigioso dominio do homem sobre a natureza.

Esta terra árida, de chuvas imprevisiveis e cheias devastadoras, é transformada pela acção dos homens num vasto celeiro que alimenta as primeiras cidades, complexos centros de civilização, onde florescem as invenções e as artes. Este desejo de controlar as forças destrutivas, de preservar a ordem e a prosperidade está patente em toda a arte do o próximo oriente antigo, desde a literatura suméria, e das suas representações de procissões votivas e celebrações de colheitas, às cenas de caça em que o soberano ou o herói se defronta com as feras, motivo recorrente nos belissimos selos cilindricos de Akkad e do protodinástico, mas presente ainda nos relevos do palácio norte de Ninive. Mais do que um acto de bravura, representam a tentativa de reequilibrar as forças da natureza, e exaltam o soberano, garante deste equilibrio.

Representante dos deuses, e ele próprio divino, o soberano surge no centro de muita da arte mesopotâmica, literalmente maior do que os homens: o rei guerreiro e conquistador dos assirios, como Senaqueribue que preside ao brutal cerco de Laquis no relevo de Ninive: o rei deus e herói; o rei construtor de templos e palácios imensos, tema recorrente em toda a iconografia mesopotâmica, e também ele representado nos jardins suspensos, onde, a acreditar nas descrições, inscrições monumentais anunciavam “Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilónia, que fez isto.”

Neste volume traça-se a história destes primeiros construtores de maravilhas, uma história tão cheia de incertezas como a dos próprios jardins, fragmentada pelo tempo, ainda não totalmente recuperada, ainda hoje ameaçada pela guerra e pelos saques. Mas nunca esquecida: a memória bíblica da torre de Babel mostra bem como foi marcante este período em que, dos sacerdotes sumérios com os seus zigurates às dinastias aqueménidas, a vontade do homem fez nascer prodigios.

Arte do Próximo Oriente de Cinzia Caiazzo. Público Comunicação Social. Porto, 2006, 359 págs. Mole.

Descrição

Quem chegasse a Babilónia deparava-se com uma espantosa colina artificial, uma complexa estrutura de terraços, “densamente plantada com árvores de toda a espécie que, pelo seu grande tamanho e encanto, davam prazer a quem as via”. A descrição é de Diodoro Siculo, que conta ainda como as “máquinas de água içavam a água do rio, embora ninguém as visse do lado de fora”. Esta maravilha perdida do mundo antigo poderia bem simbolizar toda a história da Mesopotamia, a história do prodigioso dominio do homem sobre a natureza.

Esta terra árida, de chuvas imprevisiveis e cheias devastadoras, é transformada pela acção dos homens num vasto celeiro que alimenta as primeiras cidades, complexos centros de civilização, onde florescem as invenções e as artes. Este desejo de controlar as forças destrutivas, de preservar a ordem e a prosperidade está patente em toda a arte do o próximo oriente antigo, desde a literatura suméria, e das suas representações de procissões votivas e celebrações de colheitas, às cenas de caça em que o soberano ou o herói se defronta com as feras, motivo recorrente nos belissimos selos cilindricos de Akkad e do protodinástico, mas presente ainda nos relevos do palácio norte de Ninive. Mais do que um acto de bravura, representam a tentativa de reequilibrar as forças da natureza, e exaltam o soberano, garante deste equilibrio.

Representante dos deuses, e ele próprio divino, o soberano surge no centro de muita da arte mesopotâmica, literalmente maior do que os homens: o rei guerreiro e conquistador dos assirios, como Senaqueribue que preside ao brutal cerco de Laquis no relevo de Ninive: o rei deus e herói; o rei construtor de templos e palácios imensos, tema recorrente em toda a iconografia mesopotâmica, e também ele representado nos jardins suspensos, onde, a acreditar nas descrições, inscrições monumentais anunciavam “Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilónia, que fez isto.”

Neste volume traça-se a história destes primeiros construtores de maravilhas, uma história tão cheia de incertezas como a dos próprios jardins, fragmentada pelo tempo, ainda não totalmente recuperada, ainda hoje ameaçada pela guerra e pelos saques. Mas nunca esquecida: a memória bíblica da torre de Babel mostra bem como foi marcante este período em que, dos sacerdotes sumérios com os seus zigurates às dinastias aqueménidas, a vontade do homem fez nascer prodigios.

Informação adicional

Peso 1751 g

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