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Arte na Ìndia

É a “jóia da coroa”, o lugar na terra que acolheu, segundo Romain Rolland, “todos os sonhos dos homens […] desde que os homens começaram a sonhar,” “o berço da raça humana, a pátria da linguagem humana, a mãe da história e a avó da tradição,” nas palavras de Mark Twain. E no entanto, nas grandes histórias da arte ocidentais, herdeiras da visão imperial do Raj, o subcontinente indiano tem estado conspicuamente ausente. Aos olhos do colonizador, a India surgia como um território cuja arte era imbuída em misticismo, escrava da religião, não de uma religião nobre e exaltada, mas de cultos bizarros e grotescos.

Templos cobertos de dançarinas de ventre redondo, albergando monstros disformes com múltiplos braços, linguas bifurcadas, trombas de elefante, presas de javali, as cores garridas e os cheiros intensos que estão por toda a parte, dos camiões profusamente decorados que hoje atravessam Bombaim, aos mais antigos tecidos impressos, aos pós coloridos que se derramam em cerimónias intemporais, toda esta riqueza visual estonteava e chocava os súbditos de Vitória, e não se enquadrava na concepção de uma história da arte de alta cultura.

A própria vivência da história no subcontinente, na qual os factos tendiam a não ser ordeiramente registados mas sim inscritos num tempo mítico e cíclico, em que o acontecimento convivia com a lenda, na mesma aparente facilidade que misturava cenas quotidianas com deuses e símbolos nos templos, vinha ajudar à confusão, tal como o facto de a Arte, com maiúscula, ser indistinguível daquilo que o Ocidente tende a ver como artes menores, ou a aparente ausência de representação individual. A imensa diversidade geográfica, linguística, cultural e religiosa, e a perecibilidade dos materiais como a madeira em terra de monções representam outros tantos obstáculos ao entendimento daquela arte remota.

O presente volume traz-nos essa terra distante, numa visão despojada de preconceitos, esclarecendo a relação entre as várias correntes filosóficas e religiosas (Budismo, Jainismo, Hinduismo, Islão) e os desenvolvimentos artísticos, das pinturas murais mesolíticas de Bhimbetka e dos primeiros stupas budistas aos grandiosos templos dos reis Chola, contando a história das sucessivas invasões e influências que varrem o território, até à chegada dos europeus, em busca de “Cristãos e especiarias.”

Arte na Ìndia

É a "jóia da coroa", o lugar na terra que acolheu, segundo Romain Rolland, "todos os sonhos dos homens [...] desde que os homens começaram a sonhar," "o berço da raça humana, a pátria da linguagem humana, a mãe da história e a avó da tradição," nas palavras de Mark Twain. E no entanto, nas grandes histórias da arte ocidentais, herdeiras da visão imperial do Raj, o subcontinente indiano tem estado conspicuamente ausente. Aos olhos do colonizador, a India surgia como um território cuja arte era imbuída em misticismo, escrava da religião, não de uma religião nobre e exaltada, mas de cultos bizarros e grotescos. Templos cobertos de dançarinas de ventre redondo, albergando monstros disformes com múltiplos braços, linguas bifurcadas, trombas de elefante, presas de javali, as cores garridas e os cheiros intensos que estão por toda a parte, dos camiões profusamente decorados que hoje atravessam Bombaim, aos mais antigos tecidos impressos, aos pós coloridos que se derramam em cerimónias intemporais, toda esta riqueza visual estonteava e chocava os súbditos de Vitória, e não se enquadrava na concepção de uma história da arte de alta cultura. A própria vivência da história no subcontinente, na qual os factos tendiam a não ser ordeiramente registados mas sim inscritos num tempo mítico e cíclico, em que o acontecimento convivia com a lenda, na mesma aparente facilidade que misturava cenas quotidianas com deuses e símbolos nos templos, vinha ajudar à confusão, tal como o facto de a Arte, com maiúscula, ser indistinguível daquilo que o Ocidente tende a ver como artes menores, ou a aparente ausência de representação individual. A imensa diversidade geográfica, linguística, cultural e religiosa, e a perecibilidade dos materiais como a madeira em terra de monções representam outros tantos obstáculos ao entendimento daquela arte remota. O presente volume traz-nos essa terra distante, numa visão despojada de preconceitos, esclarecendo a relação entre as várias correntes filosóficas e religiosas (Budismo, Jainismo, Hinduismo, Islão) e os desenvolvimentos artísticos, das pinturas murais mesolíticas de Bhimbetka e dos primeiros stupas budistas aos grandiosos templos dos reis Chola, contando a história das sucessivas invasões e influências que varrem o território, até à chegada dos europeus, em busca de "Cristãos e especiarias."

10,00 

Arte na Ìndia de Cinzia Caiazzo. Público Comunicação Social. Porto, 2006, 359 págs. Mole.

Descrição

É a “jóia da coroa”, o lugar na terra que acolheu, segundo Romain Rolland, “todos os sonhos dos homens […] desde que os homens começaram a sonhar,” “o berço da raça humana, a pátria da linguagem humana, a mãe da história e a avó da tradição,” nas palavras de Mark Twain. E no entanto, nas grandes histórias da arte ocidentais, herdeiras da visão imperial do Raj, o subcontinente indiano tem estado conspicuamente ausente. Aos olhos do colonizador, a India surgia como um território cuja arte era imbuída em misticismo, escrava da religião, não de uma religião nobre e exaltada, mas de cultos bizarros e grotescos.

Templos cobertos de dançarinas de ventre redondo, albergando monstros disformes com múltiplos braços, linguas bifurcadas, trombas de elefante, presas de javali, as cores garridas e os cheiros intensos que estão por toda a parte, dos camiões profusamente decorados que hoje atravessam Bombaim, aos mais antigos tecidos impressos, aos pós coloridos que se derramam em cerimónias intemporais, toda esta riqueza visual estonteava e chocava os súbditos de Vitória, e não se enquadrava na concepção de uma história da arte de alta cultura.

A própria vivência da história no subcontinente, na qual os factos tendiam a não ser ordeiramente registados mas sim inscritos num tempo mítico e cíclico, em que o acontecimento convivia com a lenda, na mesma aparente facilidade que misturava cenas quotidianas com deuses e símbolos nos templos, vinha ajudar à confusão, tal como o facto de a Arte, com maiúscula, ser indistinguível daquilo que o Ocidente tende a ver como artes menores, ou a aparente ausência de representação individual. A imensa diversidade geográfica, linguística, cultural e religiosa, e a perecibilidade dos materiais como a madeira em terra de monções representam outros tantos obstáculos ao entendimento daquela arte remota.

O presente volume traz-nos essa terra distante, numa visão despojada de preconceitos, esclarecendo a relação entre as várias correntes filosóficas e religiosas (Budismo, Jainismo, Hinduismo, Islão) e os desenvolvimentos artísticos, das pinturas murais mesolíticas de Bhimbetka e dos primeiros stupas budistas aos grandiosos templos dos reis Chola, contando a história das sucessivas invasões e influências que varrem o território, até à chegada dos europeus, em busca de “Cristãos e especiarias.”

Informação adicional

Peso 1500 g

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