O Dalai Lama, líder teocrático do Tibete, representa o expoente máximo desta imagem tradicional de serenidade e sabedoria, como sacerdote supremo do Budismo.
Porém, Tenzi Gyatso, décimo quarto e último Dalai Lama, autor da presente obra, é um homem que as circunstâncias projectaram para além da esfera do recolhimento ascético, quando o seu país, em 1950, foi barbaramente invadido e anexado pela então revolucionária República Popular da China. A sua resistência não violenta, animada por um tremendo desejo de liberdade para o povo tibetano e para toda a humanidade, acabou por conduzi-lo para o exílio voluntário na Índia, de onde continua a procurar exercer o legítimo governo do Tibete.