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Último Dia do Mundo, O

Com que majestoso esplendor Lisboa celebrava o último Verão dos anos começados por mil! Nunca a capital portuguesa me parecera tão bela, tão hipnoticamente irresistível – nem mes mo nos tempos da rainha Santa Isabel, que Deus a tenha. A luminosidade do sol, quase ofuscante, banhava a cidade com uma pátina dourada, que reverbe rava nas vidraças das janelas antigas, nos pára-brisas dos carros diamanti nos, nos ramalhetes aquáticos das fon tes, até nos meandros negros e pratea dos dos modernos viadutos. O casario da Baixa Pombalina, avistado do Cas telo de São Jorge, assemelhava-se a uma estatuária em topázio, com a gra ciosidade de um presépio, só que ani mado pela seiva da vida humana.
Os lisboetas, mas, oh, louvado seja o Altissimo e que o Diabo seja surdo, sobretudo as lisboetas!, incomparavel mente as lisboetas! – iam e vinham num frenesi benigno e contagiante, as mais jovens com os corpos sinuosos e elásticos bronzeados pelo disco solar e as alminhas febris impregnadas do êx tase da existência, as mais velhas sor vendo sabiamente a taça de mais uma estação e, sem dúvida, admitindo que, afinal de contas, os dissabores não tinham sido assim tão funestos, e que cada segundo, cada ronda do ponteiro, consiste numa dádiva inebriante.
Em suma, eu, Ariel, este vosso cria do, era o anjo certo no lugar certo. Perdão: ex-anjo.

Último Dia do Mundo, O

Com que majestoso esplendor Lisboa celebrava o último Verão dos anos começados por mil! Nunca a capital portuguesa me parecera tão bela, tão hipnoticamente irresistível - nem mes mo nos tempos da rainha Santa Isabel, que Deus a tenha. A luminosidade do sol, quase ofuscante, banhava a cidade com uma pátina dourada, que reverbe rava nas vidraças das janelas antigas, nos pára-brisas dos carros diamanti nos, nos ramalhetes aquáticos das fon tes, até nos meandros negros e pratea dos dos modernos viadutos. O casario da Baixa Pombalina, avistado do Cas telo de São Jorge, assemelhava-se a uma estatuária em topázio, com a gra ciosidade de um presépio, só que ani mado pela seiva da vida humana. Os lisboetas, mas, oh, louvado seja o Altissimo e que o Diabo seja surdo, sobretudo as lisboetas!, incomparavel mente as lisboetas! - iam e vinham num frenesi benigno e contagiante, as mais jovens com os corpos sinuosos e elásticos bronzeados pelo disco solar e as alminhas febris impregnadas do êx tase da existência, as mais velhas sor vendo sabiamente a taça de mais uma estação e, sem dúvida, admitindo que, afinal de contas, os dissabores não tinham sido assim tão funestos, e que cada segundo, cada ronda do ponteiro, consiste numa dádiva inebriante. Em suma, eu, Ariel, este vosso cria do, era o anjo certo no lugar certo. Perdão: ex-anjo.

5,00 

O Último Dia do Mundo de Paulo Nogueira. Pergaminho. 1997, 228 págs. Brochado.

Alfarrabista

 

Assinatura de posse

Descrição

Com que majestoso esplendor Lisboa celebrava o último Verão dos anos começados por mil! Nunca a capital portuguesa me parecera tão bela, tão hipnoticamente irresistível – nem mes mo nos tempos da rainha Santa Isabel, que Deus a tenha. A luminosidade do sol, quase ofuscante, banhava a cidade com uma pátina dourada, que reverbe rava nas vidraças das janelas antigas, nos pára-brisas dos carros diamanti nos, nos ramalhetes aquáticos das fon tes, até nos meandros negros e pratea dos dos modernos viadutos. O casario da Baixa Pombalina, avistado do Cas telo de São Jorge, assemelhava-se a uma estatuária em topázio, com a gra ciosidade de um presépio, só que ani mado pela seiva da vida humana.
Os lisboetas, mas, oh, louvado seja o Altissimo e que o Diabo seja surdo, sobretudo as lisboetas!, incomparavel mente as lisboetas! – iam e vinham num frenesi benigno e contagiante, as mais jovens com os corpos sinuosos e elásticos bronzeados pelo disco solar e as alminhas febris impregnadas do êx tase da existência, as mais velhas sor vendo sabiamente a taça de mais uma estação e, sem dúvida, admitindo que, afinal de contas, os dissabores não tinham sido assim tão funestos, e que cada segundo, cada ronda do ponteiro, consiste numa dádiva inebriante.
Em suma, eu, Ariel, este vosso cria do, era o anjo certo no lugar certo. Perdão: ex-anjo.

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Com que majestoso esplendor Lisboa celebrava o último Verão dos anos começados por mil! Nunca a capital portuguesa me parecera tão bela, tão hipnoticamente irresistível - nem mes mo nos tempos da rainha Santa Isabel, que Deus a tenha. A luminosidade do sol, quase ofuscante, banhava a cidade com uma pátina dourada, que reverbe rava nas vidraças das janelas antigas, nos pára-brisas dos carros diamanti nos, nos ramalhetes aquáticos das fon tes, até nos meandros negros e pratea dos dos modernos viadutos. O casario da Baixa Pombalina, avistado do Cas telo de São Jorge, assemelhava-se a uma estatuária em topázio, com a gra ciosidade de um presépio, só que ani mado pela seiva da vida humana. Os lisboetas, mas, oh, louvado seja o Altissimo e que o Diabo seja surdo, sobretudo as lisboetas!, incomparavel mente as lisboetas! - iam e vinham num frenesi benigno e contagiante, as mais jovens com os corpos sinuosos e elásticos bronzeados pelo disco solar e as alminhas febris impregnadas do êx tase da existência, as mais velhas sor vendo sabiamente a taça de mais uma estação e, sem dúvida, admitindo que, afinal de contas, os dissabores não tinham sido assim tão funestos, e que cada segundo, cada ronda do ponteiro, consiste numa dádiva inebriante. Em suma, eu, Ariel, este vosso cria do, era o anjo certo no lugar certo. Perdão: ex-anjo.

O Último Dia do Mundo de Paulo Nogueira. Pergaminho. 1997, 228 págs. Brochado.

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Com que majestoso esplendor Lisboa celebrava o último Verão dos anos começados por mil! Nunca a capital portuguesa me parecera tão bela, tão hipnoticamente irresistível – nem mes mo nos tempos da rainha Santa Isabel, que Deus a tenha. A luminosidade do sol, quase ofuscante, banhava a cidade com uma pátina dourada, que reverbe rava nas vidraças das janelas antigas, nos pára-brisas dos carros diamanti nos, nos ramalhetes aquáticos das fon tes, até nos meandros negros e pratea dos dos modernos viadutos. O casario da Baixa Pombalina, avistado do Cas telo de São Jorge, assemelhava-se a uma estatuária em topázio, com a gra ciosidade de um presépio, só que ani mado pela seiva da vida humana.
Os lisboetas, mas, oh, louvado seja o Altissimo e que o Diabo seja surdo, sobretudo as lisboetas!, incomparavel mente as lisboetas! – iam e vinham num frenesi benigno e contagiante, as mais jovens com os corpos sinuosos e elásticos bronzeados pelo disco solar e as alminhas febris impregnadas do êx tase da existência, as mais velhas sor vendo sabiamente a taça de mais uma estação e, sem dúvida, admitindo que, afinal de contas, os dissabores não tinham sido assim tão funestos, e que cada segundo, cada ronda do ponteiro, consiste numa dádiva inebriante.
Em suma, eu, Ariel, este vosso cria do, era o anjo certo no lugar certo. Perdão: ex-anjo.

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