• Ficções de Humor de Luísa Costa Gomes

    Ficções de Humor

    Luísa Costa Gomes

    5,00 

    Este número fora de série da revista Ficções é dedicado ao conto humorístico. Nele se apresentam contos representativos de vários géneros de humor – de Boccaccio a Alexandre O’Neill e alguns contos humorísticos de autores como o Marquês de Sade ou Dostoievski, que não são conhecidos propriamente como humoristas. Temos, então, os grandes clássicos do humor inglês, Jerome K. Jerome, Saki e P. G. Wodehouse; temos o pai dos contistas americanos, O. Henry, inventor do conto curto contemporâneo com as suas histórias sempre com final inesperado; o também americano e popularíssimo James Thurber, criador da personagem Walter Mitty; Ring Lardner, jornalista desportivo e crónico do baseball; e o fresco Woody Allen dos anos setenta. Curiosamente, o nonsense aparece representado não por ingleses mas pelos autores franceses Raymond Queneau e Boris Vian, este último com o conto inédito em português A Festa-Surpresa de Léobille, uma orgia muito pouco ortodoxa. Inclui-se ainda um dos maiores humoristas de Espanha, hoje praticamente desconhecido em Portugal, Enrique Jardiel Poncela, o aclamado autor de Mas… Terá Alguma Vez Havido Onze Mil Virgens?; um conto bastante desconcertante do clássico húngaro Kosztolányi e um pequeno conto precioso do autor uruguaio Benedetti. A antologia fecha, e patrioticamente, com uma crónica-conto do nosso próprio Alexandre O’Neill, O Citadino Pipote.

  • Ficções 7 de Luísa Costa Gomes

    Ficções 7

    Luísa Costa Gomes

    5,00 

    Neste número da Ficções incluímos dois contos de Guy de Maupassant com uma particularidade curiosa: têm o mesmo título, La Peur (O Medo) e foram publicados em dois jornais, com dois anos de distância, em 1882 e 1884. Com uma estrutura similar, estas duas pequenas pérolas apresentam-se como declinações da paixão maior de Maupassant: o medo, protagonista de muitas das suas histórias. A tradução é de Ana Cardoso Pires. De Katherine Mansfield, História de Um Homem Casado, com tradução de Clara Rowland, é um texto inacabado mas de uma beleza e de um arrojo formal que fazem dele um marco importante na escrita contística. O mesmo e mais se poderá dizer da extraordinária novela de Robert Musil, A Portuguesa, com tradução de Maria Antónia Amarante. Tendo como pano de fundo uma Idade Média simbólica, A Portuguesa é um texto eminentemente moderno, fundado no contraste entre a construção alucinadamente detalhada das paisagens exteriores e as sombras vagas e suspensivas das paisagens interiores dos personagens. De Georges Perec, José Lima traduziu A Viagem de Inverno, delícia metaficcional que parece vir preencher o que terá ficado por explicar sobre a questão das influências literárias no século XIX… De Maria Ondina Braga, recentemente falecida, a Ficções retoma Estação Morta, conto que dá o título ao seu livro de 1980. E do jovem autor brasileiro André Ricardo Aguiar chegam-nos, de surpresa, os Pequenos Terremotos.

  • Ficções 11 de Luísa Costa Gomes

    Ficções 11

    Luísa Costa Gomes

    5,00 

    A Ficções inclui nesta sua décima primeira edição seis contos sobre as misteriosas verdades do amor. Logo no início, André Gide ficciona sobre a parábola bíblica do Filho Pródigo em O regresso do filho pródigo, um texto de solenidade íntima e natureza quasi-teatral, constituído por sucessivos diálogos. Publicado pela primeira vez na recém-fundada Nouvelle Revue Française em Fevereiro de 1912, o texto revela um Gide ainda ligado ao simbolismo e tematiza uma das contradições maiores de toda a sua obra, o conflito entre o conservadorismo e o hedonismo. A tradução é de Helena Faria. José Lima traduziu, por sua vez, Os filhos madraços, poderoso e lancinante conto de Italo Calvino, num ambiente rural que lembra Gogol e Dostoievski em dieta minimalista. João Martins traduziu, também pela primeira vez em Portugal, o conto de Albert Camus, A mulher adúltera, uma viagem pelo deserto, que inclui uma das mais belas cenas de sexo cósmico de que se conhece relato. Cristina Fernandes da Silva dá-nos, directamente do polaco, um delírio de perseguição assinado pelo grande romancista de Ferdydurke e de Pornografia, Witold Gombrowicz. Ethan Coen, o cineasta e autor , com o irmão Joel, de guiões como Fargo e Barton Fink, assina como contista, em tradução de José Lima, Os rapazes, um texto razoavelmente autobiográfico. Por fim, um dos contos mais notáveis do grande escritor italiano Gianni Celati, ele mesmo “descoberto” e encorajado por Italo Calvino . Avisos à navegação , novamente em tradução de José Lima, foi publicado em 2001 na colecção de contos Cinema Naturale, escrita ao longo de vinte anos de trabalho.