Ministros da Noite

Obra de indiscutível actualidade em tempos de racismo estrutural – impossível de tapar como o sol com uma peneira —, visível na violência policial, em artigos de jornal e em ideias peregrinas como a construção de museus que celebram as descobertas, Ministros da Noite — Livro Negro da Expansão Portuguesa (1991) chega à sua quarta edição, com um novo prefácio de Ana Barradas. Esta colectânea de textos recolhidos em cinco séculos de historiografia nacional é uma tentativa de desmontagem do discurso colonial que tem acomodado a nossa cultura ao nacionalismo e à xenofobia. Um discurso hoje modernizado, envolto nas roupagens envernizadas do neoliberalismo, servido de bandeja com a grandiloquência própria de um regime de novos-ricos, prosaico herdeiro da comemorativite aguda reavivada pelo fascismo dos anos 30. Dando um panorama de amplo fôlego — da escravização dos africanos ao genocídio dos povos indígenas, das viagens marítimas à guerra colonial — e um testemunho da história desprezada que foi a resistência ao expansionismo português, este livro reconhece sem peias o logro da excepção do colonialismo nacional, revelando o avesso dos triunfos civilizadores e da gesta heróica dos ousados navegadores que a bafienta propaganda alardeava, com ecos nas gerações de hoje.

7,50 

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informação do livro

Ministros da Noite: Livro Negro da Expansão Portuguesa de Ana Barradas. Edições Antígona. Lisboa, 1995, 184 págs. Mole.

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Obra de indiscutível actualidade em tempos de racismo estrutural – impossível de tapar como o sol com uma peneira —, visível na violência policial, em artigos de jornal e em ideias peregrinas como a construção de museus que celebram as descobertas, Ministros da Noite — Livro Negro da Expansão Portuguesa (1991) chega à sua quarta edição, com um novo prefácio de Ana Barradas. Esta colectânea de textos recolhidos em cinco séculos de historiografia nacional é uma tentativa de desmontagem do discurso colonial que tem acomodado a nossa cultura ao nacionalismo e à xenofobia. Um discurso hoje modernizado, envolto nas roupagens envernizadas do neoliberalismo, servido de bandeja com a grandiloquência própria de um regime de novos-ricos, prosaico herdeiro da comemorativite aguda reavivada pelo fascismo dos anos 30. Dando um panorama de amplo fôlego — da escravização dos africanos ao genocídio dos povos indígenas, das viagens marítimas à guerra colonial — e um testemunho da história desprezada que foi a resistência ao expansionismo português, este livro reconhece sem peias o logro da excepção do colonialismo nacional, revelando o avesso dos triunfos civilizadores e da gesta heróica dos ousados navegadores que a bafienta propaganda alardeava, com ecos nas gerações de hoje.

Peso 250 g

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