Não queria contar em pormenor o que vi e o que vivi durante estes longos anos na Tailândia. Reviver, dia após dia, página a página, este mergulho na noite de Banguecoque a angústia e as feridas das crianças, a brutalidade dos proxenetas, o cinismo calmo dos pedófilos, as ameaças da máfia chinesa… O horror, a violência e o medo. Não, não queria viver de novo esta descida aos infernos. Escrevi este livro por não conseguir esquecer o olhar de Lao, de Sonta e de Patchara três meninas, três crianças entre tantas outras, raptadas, sequestradas, espancadas e violadas nos bordéis de Banguecoque.