Método Estruturalista, O

O estruturalismo em geral, e em particular Lévi-Strauss, têm sido objeto de críticas cuja origem é variada; no entanto a mais acirrada tem origem entre aquêles que, de uma forma ou de outra, dão à história a prioridade, de fato e de direito, em seus trabalhos de análise e explicação. Seja como fôr (ver os artigos reproduzidos nesta coletânea de textos, particular- mente Claude Lefort, H. Lefebvre), essas críticas, mal ou bem, têm de convir que o conjunto da obra de Lévi-Strauss repre- senta em tudo uma contribuição fecunda àquilo que Marx chamou de relação dialética entre infra-estrutura e superestrutura. E é, êste mesmo, o objetivo de Lévi-Strauss, já que êle o revela em seu livro La Pensée sauvage (1962) nas páginas 173-4: “Sem pôr em causa o incontestável primado das infra- -estruturas, acreditamos que entre praxis e práticas se intercala sempre um mediador, que é o esquema conceptual por meio do qual uma matéria e uma forma desprovidas, uma e outra, de existência independente, se realizam como estruturas, isto é, como sêres ao mesmo tempo empíricos e inteligíveis. É para esta teoria das superestruturas, só esboçada por Marx, que desejaríamos contribuir, reservando à história… o cuidado de desenvolver o estudo das infra-estruturas pròpriamente ditas, cuidado que não pode ser principalmente o nosso, porque a Etnologia é de início uma Psicologia”.

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Método Estruturalista, O

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O estruturalismo em geral, e em particular Lévi-Strauss, têm sido objeto de críticas cuja origem é variada; no entanto a mais acirrada tem origem entre aquêles que, de uma forma ou de outra, dão à história a prioridade, de fato e de direito, em seus trabalhos de análise e explicação. Seja como fôr (ver os artigos reproduzidos nesta coletânea de textos, particular- mente Claude Lefort, H. Lefebvre), essas críticas, mal ou bem, têm de convir que o conjunto da obra de Lévi-Strauss repre- senta em tudo uma contribuição fecunda àquilo que Marx chamou de relação dialética entre infra-estrutura e superestrutura. E é, êste mesmo, o objetivo de Lévi-Strauss, já que êle o revela em seu livro La Pensée sauvage (1962) nas páginas 173-4: “Sem pôr em causa o incontestável primado das infra- -estruturas, acreditamos que entre praxis e práticas se intercala sempre um mediador, que é o esquema conceptual por meio do qual uma matéria e uma forma desprovidas, uma e outra, de existência independente, se realizam como estruturas, isto é, como sêres ao mesmo tempo empíricos e inteligíveis. É para esta teoria das superestruturas, só esboçada por Marx, que desejaríamos contribuir, reservando à história… o cuidado de desenvolver o estudo das infra-estruturas pròpriamente ditas, cuidado que não pode ser principalmente o nosso, porque a Etnologia é de início uma Psicologia”.

O Método Estruturalista de Claude Levi-Strauss [et al.]. Zahar Editores. Brasil, 1967, 130 págs. Mole.

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Descrição

O estruturalismo em geral, e em particular Lévi-Strauss, têm sido objeto de críticas cuja origem é variada; no entanto a mais acirrada tem origem entre aquêles que, de uma forma ou de outra, dão à história a prioridade, de fato e de direito, em seus trabalhos de análise e explicação. Seja como fôr (ver os artigos reproduzidos nesta coletânea de textos, particular- mente Claude Lefort, H. Lefebvre), essas críticas, mal ou bem, têm de convir que o conjunto da obra de Lévi-Strauss repre- senta em tudo uma contribuição fecunda àquilo que Marx chamou de relação dialética entre infra-estrutura e superestrutura. E é, êste mesmo, o objetivo de Lévi-Strauss, já que êle o revela em seu livro La Pensée sauvage (1962) nas páginas 173-4: “Sem pôr em causa o incontestável primado das infra- -estruturas, acreditamos que entre praxis e práticas se intercala sempre um mediador, que é o esquema conceptual por meio do qual uma matéria e uma forma desprovidas, uma e outra, de existência independente, se realizam como estruturas, isto é, como sêres ao mesmo tempo empíricos e inteligíveis. É para esta teoria das superestruturas, só esboçada por Marx, que desejaríamos contribuir, reservando à história… o cuidado de desenvolver o estudo das infra-estruturas pròpriamente ditas, cuidado que não pode ser principalmente o nosso, porque a Etnologia é de início uma Psicologia”.

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