SOBRE
A aparição do termo «negritude» verificou-se à volta de 1935, e foi criado por Aimé Césaire (nasceu em 25 de Junho de 1913) e por Léopold Sédar Senghor (nasceu em 9 de Outubro de 1906), para designar uma personalidade africana, que Senghor assim definiu: «o que faz a negritude de um poema, é menos o tema do que o estilo, o calor emocional que dá vida às palavras, que transmuda a palavra em verbo».
É, portanto, com estas duas personalidade que a tese da negritude começa a esboçar-se, procurando definir e assentar as infra e as super-estruturas. Mas há-de ser, contudo, a publicação do ensaio esclarecidamente intitulado «Orphée noir», de Jean-Paul Sartre, que virá dar possibilidades de sistematização aos dados até então dispersos pelas obras daqueles pensadores e de outros escritores.
SOBRE O AUTOR
Alfredo Margarido
(1928-2010)
Ficcionista, poeta e ensaísta, tradutor. Alfredo Margarido desenvolveu numerosos trabalhos de investigação literária em torno de Pessoa e da literatura africana de expressão portuguesa, tendo ainda colaborado em publicações como Árvore, Cadernos do Meio-Dia, Jornal do Fundão, Jornal de Letras, Persona, ou Colóquio/Letras. Radicado desde 1964 em Paris, onde desenvolveu as atividades de investigador na École des Hautes Études e de docente na Sorbonne, deve-se à convivência com a cultura e literatura francesas a divulgação em Portugal do movimento nouveau roman, teorizado, com Artur Portela Filho, em O Novo Romance (1963) e cujas marcas influirão sobre a sua prática romanesca. Com efeito, verifica-se no conjunto da sua obra ficcional uma tendência para uma “dissolução do acontecimento e do espaço romanesco na memória obsessiva e predominantemente objectual das personagens.” A poesia de Alfredo Margarido, revelada na época de 50, sugere, em Poemas com Rosas, as influências de Pessoa e de Rilke enquanto o Poema para uma Bailarina Negra, de 1958, composto aquando de uma estada em Luanda, se insere na prática de escrita surrealista, tendo aliás alguns textos do autor sido posteriormente inseridos na Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito organizada por Mário de Cesariny, em 1961.
O Manuseado utiliza cookies (de terceiros), que permitem recolher informação e melhorar a sua experiência de navegação.
Para mais informações sobre a forma como o Manuseado utiliza cookies, consulte a nossa Política de Cookies.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.