A fonte cósmica, o buraco branco, encontra-se no principio e no fim da nossa compreensão da existência.

Com efeito, o Universo pode estar, simultaneamente, a explodir, a implodir ou no estado de oscilação.

Hoje, só podemos falar acerca do nosso próprio Universo e do seu nascimento como um buraco branco, jorrando cosmicamente, expandindo-se e espiralando para o exterior, até que tudo o que nele podemos detectar seja, agora, o débil sopro de antigas radiações, poucos graus acima do zero absoluto.

Mas os astrónomos modernos, cujo quadro da Fisica inclui gigantes vermelhas, an?s brancas, falsos horizontes, rotações do vermelho, quarqs, neutrões, taquiões, quasars e buracos negros estão, agora, a reconstruir uma completa cosmologia nova, que ultrapassa a nossa imaginação.

Energia e matéria, espaço e tempo, tal como os conhecemos, podem só exis tir em corredores e túneis de qualquer coisa maior e indefinivel. A nossa visão comum do espaço como áreas de nada, levemente preenchidas com gases e galáxias, cada vez mais longe de um centro metafisico e cujo comportamento é li mitado pelas leis da relatividade, podem mostrar serem, agora, somente uma parte da história…

Há aqui matéria fascinante suficiente para cem novas aventuras de ficção cientifica mas, mais importante que isso, é a prova de que os factos verdadei ros da nova imagem matemática do Universo são mais fantásticos do que qualquer escritor poderia imaginar. Absorvente e exaltante: optimismo à escala cósmica.