O ensaio, para Jorge de Sena, era, precisamente, uma forma de ensaiar, no sentido dramático, de encenar um diálogo, com o leitor e consigo mesmo, personagens do mundo. Daí que a presença de Sena nos seus textos seja característica de uma personalidade que parte sempre de uma experiência individual do que lê, vê e critica, e não de um saber alheio, de apenas ouvir dizer, ou de noutros ter lido. E por isso se pode dizer que também ele «se teorizou a pretexto de teorizar de outros.