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Vidas Sombrias

De todas as páginas que tenho escrito estas são as do livro meu dilecto. Escre-vi-as com o próprio sangue, segundo a frase pitoresca de Nietzche. Passou o ódio das «Palavras cínicas». Passou a revolta da «Lisboa trágica». Ficará a piedade dêste livro dos deserdados, dos escravos, dos miseráveis, dos mendigos, dos famintos. A legião, o mundo de figuras que nêle vive está aí na sombra, lábios secos, vozes roucas, braços inertes de vencidos do Destino, clamorante, sinistro, trágico ou simplesmente terno e piedoso. Num canteiro do meu coração de homem de letras, que atravessou um pouco êsse mundo e, mau grado seu, foi rabulista na tragédia, essas flores deram-se bem e achando terra amiga, desabrocharam. Colhi-as para ti, leitor, que não conheço. Se quinhoares um pouco a sua mágoa cumpriste a tua obrigação de sensitivo. Se não sentires, deita fora ésse coração rebelde. Não é mais do que um seixo, uma dura e incomovível pedra de calçada…

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Vidas Sombrias

SINOPSE

De todas as páginas que tenho escrito estas são as do livro meu dilecto. Escre-vi-as com o próprio sangue, segundo a frase pitoresca de Nietzche. Passou o ódio das «Palavras cínicas». Passou a revolta da «Lisboa trágica». Ficará a piedade dêste livro dos deserdados, dos escravos, dos miseráveis, dos mendigos, dos famintos. A legião, o mundo de figuras que nêle vive está aí na sombra, lábios secos, vozes roucas, braços inertes de vencidos do Destino, clamorante, sinistro, trágico ou simplesmente terno e piedoso. Num canteiro do meu coração de homem de letras, que atravessou um pouco êsse mundo e, mau grado seu, foi rabulista na tragédia, essas flores deram-se bem e achando terra amiga, desabrocharam. Colhi-as para ti, leitor, que não conheço. Se quinhoares um pouco a sua mágoa cumpriste a tua obrigação de sensitivo. Se não sentires, deita fora ésse coração rebelde. Não é mais do que um seixo, uma dura e incomovível pedra de calçada...

PREÇO:

6,00 

Vidas Sombrias de Albino Forjaz Sampaio. Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa, 1939, 246 págs. Mole.

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Descrição

De todas as páginas que tenho escrito estas são as do livro meu dilecto. Escre-vi-as com o próprio sangue, segundo a frase pitoresca de Nietzche. Passou o ódio das «Palavras cínicas». Passou a revolta da «Lisboa trágica». Ficará a piedade dêste livro dos deserdados, dos escravos, dos miseráveis, dos mendigos, dos famintos. A legião, o mundo de figuras que nêle vive está aí na sombra, lábios secos, vozes roucas, braços inertes de vencidos do Destino, clamorante, sinistro, trágico ou simplesmente terno e piedoso. Num canteiro do meu coração de homem de letras, que atravessou um pouco êsse mundo e, mau grado seu, foi rabulista na tragédia, essas flores deram-se bem e achando terra amiga, desabrocharam. Colhi-as para ti, leitor, que não conheço. Se quinhoares um pouco a sua mágoa cumpriste a tua obrigação de sensitivo. Se não sentires, deita fora ésse coração rebelde. Não é mais do que um seixo, uma dura e incomovível pedra de calçada…

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