Um Barco Fardado de Eduardo Brito Aranha. Roma Editores. Lisboa, 2005, 194 págs. Mole.
Esta é uma narrativa de insatisfação de quem se sente no lado errado de uma guerra ou mesmo de qualquer guerra. Mas é sobretudo a descrição de um humano ambiente militar no qual os actos bélicos, propriamente ditos, são esparsos e frouxos. O tédio assume então um protagonismo paradoxal matizado por uma certa ansiedade, talvez diferente daquela vivenciada nos treinos da recruta ou nas acções de combate que suscitaram vários e importantes estudos psicológicos, permitindo uma melhor compreensão dos comportamentos das pessoas. A espera pela guerra que nunca mais chega, omnipresença angustiante que faz sobressair outros conflitos, estes, íntimos e unipessoais. Ou as atitudes de fingimento e de alienação de juízos da realidade como defesa do próprio, nos quais a ironia se desbraga e a caricatura se farda. Por isto, não é estranho que a literatura publicada seja abundante sobre a praxis militar. Toda ela se debruça sobre aquilo que de mais certo tem a vida: a morte. Esta é a evidência sobre a qual o autor nos fala através de um discurso implícito amenizado pelos factos da realidade portuguesa do final do regime dos anos sessenta do século XX.
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Esta é uma narrativa de insatisfação de quem se sente no lado errado de uma guerra ou mesmo de qualquer guerra. Mas é sobretudo a descrição de um humano ambiente militar no qual os actos bélicos, propriamente ditos, são esparsos e frouxos. O tédio assume então um protagonismo paradoxal matizado por uma certa ansiedade, talvez diferente daquela vivenciada nos treinos da recruta ou nas acções de combate que suscitaram vários e importantes estudos psicológicos, permitindo uma melhor compreensão dos comportamentos das pessoas. A espera pela guerra que nunca mais chega, omnipresença angustiante que faz sobressair outros conflitos, estes, íntimos e unipessoais. Ou as atitudes de fingimento e de alienação de juízos da realidade como defesa do próprio, nos quais a ironia se desbraga e a caricatura se farda. Por isto, não é estranho que a literatura publicada seja abundante sobre a praxis militar. Toda ela se debruça sobre aquilo que de mais certo tem a vida: a morte. Esta é a evidência sobre a qual o autor nos fala através de um discurso implícito amenizado pelos factos da realidade portuguesa do final do regime dos anos sessenta do século XX.
Um Barco Fardado de Eduardo Brito Aranha. Roma Editores. Lisboa, 2005, 194 págs. Mole.
[Assinatura de posse. Sublinhados a caneta]
Esta é uma narrativa de insatisfação de quem se sente no lado errado de uma guerra ou mesmo de qualquer guerra. Mas é sobretudo a descrição de um humano ambiente militar no qual os actos bélicos, propriamente ditos, são esparsos e frouxos. O tédio assume então um protagonismo paradoxal matizado por uma certa ansiedade, talvez diferente daquela vivenciada nos treinos da recruta ou nas acções de combate que suscitaram vários e importantes estudos psicológicos, permitindo uma melhor compreensão dos comportamentos das pessoas. A espera pela guerra que nunca mais chega, omnipresença angustiante que faz sobressair outros conflitos, estes, íntimos e unipessoais. Ou as atitudes de fingimento e de alienação de juízos da realidade como defesa do próprio, nos quais a ironia se desbraga e a caricatura se farda. Por isto, não é estranho que a literatura publicada seja abundante sobre a praxis militar. Toda ela se debruça sobre aquilo que de mais certo tem a vida: a morte. Esta é a evidência sobre a qual o autor nos fala através de um discurso implícito amenizado pelos factos da realidade portuguesa do final do regime dos anos sessenta do século XX.
Peso | 260 g |
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