Tinha Chovido na Véspera

Tinha Chovido na Véspera

O nome de Fernando Namora, excepcional romancista e novelista, destaca-se de entre os prosadores do neo-realismo português a geração que, nos anos 40, optou por uma literatura realmente interveniente e capaz de traduzir as angús tlas do nosso povo, alienado, à força, de uma liberdade construtiva, e, também, alienado da sua voz própria. Na companhia de um Carlos de Oliveira, de um Redol, de um Soeiro Pereira Gomes (extraordinária personalidade que a violência fascista calou prematuramente), de um Manuel da Fonseca, e de outros, Fernando Namora denunciou as injustiças de um país cristalizado numa espécie de idade-media, em que só a certos era permitido viver como pessoas humanas, Fernando Namora foi, com os seus camaradas de luta, um dos defensores de um pais oprimido, ludibriado e atraiçoado, apontando as doenças terriveis que o minavam por todos os lados. A literatura como arma eis um dos prin cipios que assistiram ao trabalho de Fernando Namora. Mas, nunca ele esqueceu que, para ser, de facto, interveniente e uma auténtica forma de ataque contra iniquidades e prepotencias, a literatura, o romance, a novela, o conto, não podem menosprezar o aprofundamento do humano, antes pelo contrário. Assim, Fernando Namora abordou, em obras exemplares, os problemas trágicos do camponès alentejano (em Casa da Malta, por exemplos e a frustração pungente e quase irremediável da pequena burguesia citadina (veja-se Cidade Solitária). A colectanea que ora publicamos e que reúne trechos de Cidade Solitária, Retalhos da Vida de um Médico», «Um sino na Montanhas e de Casa da Malta apresenta-nos as diversas faces daquele que deve considerar-se um dos mais representativos escritores portugueses contemporâneos

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Tinha Chovido na Véspera de Fernando Namora. Editores Associados. Lisboa, s.d., 217 págs. Mole.

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O nome de Fernando Namora, excepcional romancista e novelista, destaca-se de entre os prosadores do neo-realismo português a geração que, nos anos 40, optou por uma literatura realmente interveniente e capaz de traduzir as angús tlas do nosso povo, alienado, à força, de uma liberdade construtiva, e, também, alienado da sua voz própria. Na companhia de um Carlos de Oliveira, de um Redol, de um Soeiro Pereira Gomes (extraordinária personalidade que a violência fascista calou prematuramente), de um Manuel da Fonseca, e de outros, Fernando Namora denunciou as injustiças de um país cristalizado numa espécie de idade-media, em que só a certos era permitido viver como pessoas humanas, Fernando Namora foi, com os seus camaradas de luta, um dos defensores de um pais oprimido, ludibriado e atraiçoado, apontando as doenças terriveis que o minavam por todos os lados. A literatura como arma eis um dos prin cipios que assistiram ao trabalho de Fernando Namora. Mas, nunca ele esqueceu que, para ser, de facto, interveniente e uma auténtica forma de ataque contra iniquidades e prepotencias, a literatura, o romance, a novela, o conto, não podem menosprezar o aprofundamento do humano, antes pelo contrário. Assim, Fernando Namora abordou, em obras exemplares, os problemas trágicos do camponès alentejano (em Casa da Malta, por exemplos e a frustração pungente e quase irremediável da pequena burguesia citadina (veja-se Cidade Solitária). A colectanea que ora publicamos e que reúne trechos de Cidade Solitária, Retalhos da Vida de um Médico», «Um sino na Montanhas e de Casa da Malta apresenta-nos as diversas faces daquele que deve considerar-se um dos mais representativos escritores portugueses contemporâneos

Peso 190 g

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