Tenda dos Milagres de Jorge Amado. Planeta Di Agostini. Lisboa. Dura
Tenda dos Milagres de Jorge Amado. Planeta Di Agostini. Lisboa. Dura
Na Tenda do Milagres, Ladeira do Tabuão, 60, reitoria da universidade popular, mestre Lidio Corró e Pedro Archanjo, o reitor, compõem e imprimem um livro sobre o viver baiano; ao lado da Igreja do Rosário dos Pretos, a Escola de Capoeira Angola é o espaço do mestre Budião – a universidade livre concentra-se na região do Pelourinho e espalha-se por toda a cidade.
Estes territórios do saber popular materializam o ideal de uma sociedade humana resistente às propostas do novo século – tecnológico e elitista. Neles, o eterno antagonismo entre humanistas e pragmáticos evidencia-se e gera confrontos. Numa das margens, Pedro Archanjo Ojuobá, o herói boémio e erudito, autor de importantes obras etnológicas, estudioso da cultura baiana; na outra extremidade, Nilo Argolo, caricatura de importações ideológicas e vanguardistas, inimigo da mestiçagem «degradada e degradadora».
Tenda dos Milagres, escrito em 1969, tem como tema central a oposição entre dois mundos heterogéneos, transcendendo no entanto os limites da sátira da vida literária e intelectual brasileira e do libelo contra o preconceito racial.
Peso | 520 g |
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