«Durante todo o período que vai da Revolução de Abril até hoje, fui um dos alvos preferidos de Augusto Cid, muitas vezes – como lhe cumpria – por forma acidamente corrosiva. Mas sempre com graça, procurando pôr a nu as debilidades e os ridículos das situações de algumas atitudes políticas menos felizes que, quanto a ele, tomei e que foram, por ele, escalpelizadas sem contemplações. Por isso lhe estou grato, uma vez que sempre considerei a livre crítica como um contributo indispensável para uma acção acertada, e o humor crítico bem como o traço impressivo em que se traduz, na caricatura, como um dom artístico absolutamente superior, uma graça dos deuses…»
Do prefácio de Mário Soares