Sexo, Ciência Poder e Exclusão Social: A Tolerância da Prostituição em Portugal (1841-1926)

Sexo, Ciência Poder e Exclusão Social: A Tolerância da Prostituição em Portugal (1841-1926)

O presente livro pretende apresentar uma abordagem histórica do fenómeno da exclusão social, em articulação com a trilogia sexo-ciência-poder, através do estudo do sistema de tolerância da prostituição, no período decorrente entre 1841 e 1926.
Na verdade, a ideia de ser possível tolerar, sob certas condições, o exercício da prostituição surgiu, entre nós, já no século XVII, com o Regimento dos Corregedores e Juízes do Crime dos Bairros de Lisboa e seus Meirinhos, onde se recomendava às autoridades alguma tolerância para com as prostitutas que não fossem escandalosas. Orientação que os séculos seguintes não desmentiriam, pondo no entanto o acento tónico sobre a questão da sua condição «sanitária».
A hipótese que aqui se defende é que este sistema de tolerância da prostituição não foi um mero conjunto de regras que dissesse apenas respeito a um número reduzido de mulheres, antes acabou por constituir, através de diversos programas de natureza higienista e eugénica, um dos primeiros passos de uma grande utopia social moderna: a da construção de uma sociedade limpa, saudável, produtiva e, sexulamente, contida e planeada.

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SKU 20240117_1347 Categoria Autor
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Sexo, Ciência Poder e Exclusão Social: A Tolerância da Prostituição em Portugal (1841-1926) de Isabel Liberato. Livros do Brasil. Lisboa, 2002, 270 págs. Brochado.

O presente livro pretende apresentar uma abordagem histórica do fenómeno da exclusão social, em articulação com a trilogia sexo-ciência-poder, através do estudo do sistema de tolerância da prostituição, no período decorrente entre 1841 e 1926.
Na verdade, a ideia de ser possível tolerar, sob certas condições, o exercício da prostituição surgiu, entre nós, já no século XVII, com o Regimento dos Corregedores e Juízes do Crime dos Bairros de Lisboa e seus Meirinhos, onde se recomendava às autoridades alguma tolerância para com as prostitutas que não fossem escandalosas. Orientação que os séculos seguintes não desmentiriam, pondo no entanto o acento tónico sobre a questão da sua condição «sanitária».
A hipótese que aqui se defende é que este sistema de tolerância da prostituição não foi um mero conjunto de regras que dissesse apenas respeito a um número reduzido de mulheres, antes acabou por constituir, através de diversos programas de natureza higienista e eugénica, um dos primeiros passos de uma grande utopia social moderna: a da construção de uma sociedade limpa, saudável, produtiva e, sexulamente, contida e planeada.

Peso 365 g

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