Entre estes dois pólos dispõem-se em articulação orgânica e harmoniosa os núcleos do Egipto e da Antiguidade Clássica, este com importante acervo de Numismática, presenças de uma cultura mediterrânica, os da China e do Japão, complemento lógico do gosto pelo Oriente, o da Escultura Europeia como marcação paralela à Pintura e o notável conjunto de Artes Decorativas francesas do século XVIII, que se actualiza na Colecção Lalique, repositório e síntese do seu fascínio pelo esplendor do objecto como obra de arte. O núcleo da Pintura Europeia desenha um percurso cronológico a partir do século XV, momento em que esta arte se afirma com autonomia de objecto, libertando-se da funcionalidade narrativa, inscrita em frescos nas arquitecturas, ou em livros iluminados de uso pessoal que também interessaram Calouste Gulbenkian, tendo adquirido belíssimos exemplares.