A produção poética de Casais Monteiro desenha-se num entrelaçar-se de trilhas, provenientes de vários espaços de realizações poéticas que se com- binam no emaranhado bem tecido dos seus respectivos dispositivos de composição. A leitura destas configurações de linguagem poética acontece no acompanhar estas veredas, que ora se cruzam, ora se justapõem, mantendo, contudo, o sulco pertinaz das preocupações reflexivas a respeito do seu próprio traço, no contacto intenso com a prática da metalinguagem. A situação da poesia de Casais é, pois, a de um projecto nas suas vinculações com a sua própria crítica de poesia, enquanto representação dos problemas de(cont.)
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