Memória Consentida

Rui Knopfli nasceu em Moçambique (inhambane) em 10 de Agosto de 1932 e aí viveu até Março de 1975, data em que definitivamente saiu de Lourenço Marques. Vive hoje em Londres, onde é Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal. Em Moçambique colaborou em vários jornais e co-dirigiu. com Eugénio Lisboa, os suplementos literários do semanário A Voz de Moçambique e do diário A Tribuna (na sua primeira fase). Dirigiu ainda a página literária do semanário Tempo, durante cerca de um ano. Publicou os seguintes livros de poesia, para além dos inúmeros artigos de critica literária e cinematográfica, crónicas, etc., que deixou dispersos por vários jornais: O País dos Outros, Lourenço Marques, 1959; Reino Submarino, L. M., 1962; Máquina de Areia, L. M., 1964; Mangas Verdes com Sal, L. M. 1969 ( 2ª edição, 1972); A Ilha de Próspero, texto e fotos, L. M., 1972 e O Escriba Acocorado, Lisboa, 1978. Uma das duas ou três vozes poéticas mais Importantes que se revelaram no Moçambique anterior à independência, Rui Knopfli recortou sempre uma figura singular, pela extrema economia de uma dicção que austeramente se vigia e se auto-dilacera, numa atmosfera de angustiada ironia e de presságios que uma espécie de masoquismo desonvolto demite de importantes. Os instrumentos do seu discurso, inventariou-os o poeta deste modo: Cabe num punho ou num bolso este cabedal; ciosamente amealhado, mas puído já por usos; e abusos, irremediavelmente contaminado.;
Quem perde o barco provê-se, como pode,; com o que tem. Poucos paus fazem uma jangada.; Na exactidão vocabular se articula o discurso.; Tenho só este exíguo e perplexo pecúlio; de palavras à beira do silêncio. Poeta discursivo, Rui Knopfli evoca e convoca , como poucos, um silêncio que o aspira e para que tende, convoca por intensa vocação, como claramente não acontece a tantos que o fabricam (ao silêncio) sem o procurarem, maneira infalível de o perderem ou de o não chegarem sequer a atingir.

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Rui Knopfli nasceu em Moçambique (inhambane) em 10 de Agosto de 1932 e aí viveu até Março de 1975, data em que definitivamente saiu de Lourenço Marques. Vive hoje em Londres, onde é Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal. Em Moçambique colaborou em vários jornais e co-dirigiu. com Eugénio Lisboa, os suplementos literários do semanário A Voz de Moçambique e do diário A Tribuna (na sua primeira fase). Dirigiu ainda a página literária do semanário Tempo, durante cerca de um ano. Publicou os seguintes livros de poesia, para além dos inúmeros artigos de critica literária e cinematográfica, crónicas, etc., que deixou dispersos por vários jornais: O País dos Outros, Lourenço Marques, 1959; Reino Submarino, L. M., 1962; Máquina de Areia, L. M., 1964; Mangas Verdes com Sal, L. M. 1969 ( 2ª edição, 1972); A Ilha de Próspero, texto e fotos, L. M., 1972 e O Escriba Acocorado, Lisboa, 1978. Uma das duas ou três vozes poéticas mais Importantes que se revelaram no Moçambique anterior à independência, Rui Knopfli recortou sempre uma figura singular, pela extrema economia de uma dicção que austeramente se vigia e se auto-dilacera, numa atmosfera de angustiada ironia e de presságios que uma espécie de masoquismo desonvolto demite de importantes. Os instrumentos do seu discurso, inventariou-os o poeta deste modo: Cabe num punho ou num bolso este cabedal; ciosamente amealhado, mas puído já por usos; e abusos, irremediavelmente contaminado.;
Quem perde o barco provê-se, como pode,; com o que tem. Poucos paus fazem uma jangada.; Na exactidão vocabular se articula o discurso.; Tenho só este exíguo e perplexo pecúlio; de palavras à beira do silêncio. Poeta discursivo, Rui Knopfli evoca e convoca , como poucos, um silêncio que o aspira e para que tende, convoca por intensa vocação, como claramente não acontece a tantos que o fabricam (ao silêncio) sem o procurarem, maneira infalível de o perderem ou de o não chegarem sequer a atingir.

Memória Consentida de Rui Knopfli. Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Lisboa, 1982, 399 págs. Mole.

Alfarrabista


Sem apontamentos.

Descrição

Rui Knopfli nasceu em Moçambique (inhambane) em 10 de Agosto de 1932 e aí viveu até Março de 1975, data em que definitivamente saiu de Lourenço Marques. Vive hoje em Londres, onde é Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal. Em Moçambique colaborou em vários jornais e co-dirigiu. com Eugénio Lisboa, os suplementos literários do semanário A Voz de Moçambique e do diário A Tribuna (na sua primeira fase). Dirigiu ainda a página literária do semanário Tempo, durante cerca de um ano. Publicou os seguintes livros de poesia, para além dos inúmeros artigos de critica literária e cinematográfica, crónicas, etc., que deixou dispersos por vários jornais: O País dos Outros, Lourenço Marques, 1959; Reino Submarino, L. M., 1962; Máquina de Areia, L. M., 1964; Mangas Verdes com Sal, L. M. 1969 ( 2ª edição, 1972); A Ilha de Próspero, texto e fotos, L. M., 1972 e O Escriba Acocorado, Lisboa, 1978. Uma das duas ou três vozes poéticas mais Importantes que se revelaram no Moçambique anterior à independência, Rui Knopfli recortou sempre uma figura singular, pela extrema economia de uma dicção que austeramente se vigia e se auto-dilacera, numa atmosfera de angustiada ironia e de presságios que uma espécie de masoquismo desonvolto demite de importantes. Os instrumentos do seu discurso, inventariou-os o poeta deste modo: Cabe num punho ou num bolso este cabedal; ciosamente amealhado, mas puído já por usos; e abusos, irremediavelmente contaminado.;
Quem perde o barco provê-se, como pode,; com o que tem. Poucos paus fazem uma jangada.; Na exactidão vocabular se articula o discurso.; Tenho só este exíguo e perplexo pecúlio; de palavras à beira do silêncio. Poeta discursivo, Rui Knopfli evoca e convoca , como poucos, um silêncio que o aspira e para que tende, convoca por intensa vocação, como claramente não acontece a tantos que o fabricam (ao silêncio) sem o procurarem, maneira infalível de o perderem ou de o não chegarem sequer a atingir.

Informação adicional

Peso 560 g

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