Maria Sem Deus de Manuel de Campos Pereira. Livraria Bertrand. Amadora, 1956, 308 págs. Mole.
Também o donjuanismo e o donquixotismo femininos aparecem bem nítidos nos romances de Campos Pereira, no exacerbado anseio amoroso da mulher que procura o amor (Manuela, por exemplo, em «Ingénuas»), e no sonho da mulher que espera o seu ideal (Dulce, também em «Ingénuas»). É claro que nem em Manuela está um donjuanismo feminino puro, nem em Dulce está um donquixotismo feminino puro. As duas tendências eróticas misturam-se, coexistem, embora com predomínio duma delas, como sucede nos personagens masculinos, conforme explicámos acima. Susana e Eugénio, das «Pobres Susanas», na evolução dos seus sentimentos, não são, exclusivamente, ela, uma platónica do amor, ele, um sensual materialista.
«Sem ouvir mais nada, correu a vestir um casaco e saiu com o Sr. Bastos. Só então soube, a caminho do hospital, que a madrinha ingerira um veneno e estava às portas da morte. – Esta terrível notícia fê-la chorar. De repente viu-se só no mundo, pois a madrinha era tudo para ela.»
Maria Sem Deus de Manuel de Campos Pereira. Livraria Bertrand. Amadora, 1956, 308 págs. Mole.
Também o donjuanismo e o donquixotismo femininos aparecem bem nítidos nos romances de Campos Pereira, no exacerbado anseio amoroso da mulher que procura o amor (Manuela, por exemplo, em «Ingénuas»), e no sonho da mulher que espera o seu ideal (Dulce, também em «Ingénuas»). É claro que nem em Manuela está um donjuanismo feminino puro, nem em Dulce está um donquixotismo feminino puro. As duas tendências eróticas misturam-se, coexistem, embora com predomínio duma delas, como sucede nos personagens masculinos, conforme explicámos acima. Susana e Eugénio, das «Pobres Susanas», na evolução dos seus sentimentos, não são, exclusivamente, ela, uma platónica do amor, ele, um sensual materialista.
Peso | 280 g |
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