Jóias da Carreira da Índia de Hugo Miguel Crespo. Museu do Oriente. Lisboa, 2014, 199 págs. Mole.
“Pimenta de Cochim, canela do Ceilão ou cravinho das Molucas não foram os únicos tesouros cobiçados pelos Portugueses na Ásia. Gemas preciosas e jóias cativaram, desde logo, os primeiros aventureiros que desembarcaram das naus da Carreira da Índia. A grande aventura do Oriente, feita por comerciantes, sacerdotes, aventureiros e militares, foi alimentada pelo apelo das preciosidades orientais, “pelo amor do dinheiro e afeição da pedraria”, no dizer de Fernão Mendes Pinto. Essa “vã cobiça” que cabia num bolso de viajante, fosse agente, perito ou comerciante de ocasião, todos confiantes no retorno lucrativo de um tráfico não controlado pela coroa. Expansão e conquista territorial, foi também uma jornada missionária que, longe do reino, tornou necessária a criação de instrumentos de doutrina e novas alfaias para maravilhamento dos recém-convertidos. Esse império de objetos lavrados em prata e ouro nasceu da confluência artística de mundos diferentes, estranhos e afastados, cada qual imprimindo uma marca própria, tornando-se variação de modelos trazidos na bagagem de nobres e missionários. Circulação dos modelos que se faz de Ormuz a Goa, descendo pelo Malabar, de Cochim a Bengala pela costa do Coromandel, passando a Taprobana, mas também por esse “Mediterrâneo” do mar da China, desde os estreitos de Malaca aos mares de Java e que entra pelos rios da Ásia ao compasso das monções.
Dá-se a conhecer nesta exposição um impressionante conjunto de várias dezenas de peças de ouro e prata, delicadamente trabalhadas e enriquecidas com preciosas gemas e esmaltes de cores vibrantes. Objetos preciosos que não surgem isolados, para serem fruídos apenas pelos seus méritos artísticos ou valor material, mas contextualizados e enquadrados nas dinâmicas dos tempos que os viram nascer. Um conjunto de obras que nos surpreende e que, como Mendes Pinto, nos levam a dizer: que em meus dias nunca vi cousa tão maravilhosa.”
25,00 €
“Pimenta de Cochim, canela do Ceilão ou cravinho das Molucas não foram os únicos tesouros cobiçados pelos Portugueses na Ásia. Gemas preciosas e jóias cativaram, desde logo, os primeiros aventureiros que desembarcaram das naus da Carreira da Índia. A grande aventura do Oriente, feita por comerciantes, sacerdotes, aventureiros e militares, foi alimentada pelo apelo das preciosidades orientais, “pelo amor do dinheiro e afeição da pedraria”, no dizer de Fernão Mendes Pinto. Essa “vã cobiça” que cabia num bolso de viajante, fosse agente, perito ou comerciante de ocasião, todos confiantes no retorno lucrativo de um tráfico não controlado pela coroa. Expansão e conquista territorial, foi também uma jornada missionária que, longe do reino, tornou necessária a criação de instrumentos de doutrina e novas alfaias para maravilhamento dos recém-convertidos. Esse império de objetos lavrados em prata e ouro nasceu da confluência artística de mundos diferentes, estranhos e afastados, cada qual imprimindo uma marca própria, tornando-se variação de modelos trazidos na bagagem de nobres e missionários. Circulação dos modelos que se faz de Ormuz a Goa, descendo pelo Malabar, de Cochim a Bengala pela costa do Coromandel, passando a Taprobana, mas também por esse “Mediterrâneo” do mar da China, desde os estreitos de Malaca aos mares de Java e que entra pelos rios da Ásia ao compasso das monções.
Dá-se a conhecer nesta exposição um impressionante conjunto de várias dezenas de peças de ouro e prata, delicadamente trabalhadas e enriquecidas com preciosas gemas e esmaltes de cores vibrantes. Objetos preciosos que não surgem isolados, para serem fruídos apenas pelos seus méritos artísticos ou valor material, mas contextualizados e enquadrados nas dinâmicas dos tempos que os viram nascer. Um conjunto de obras que nos surpreende e que, como Mendes Pinto, nos levam a dizer: que em meus dias nunca vi cousa tão maravilhosa.”
Jóias da Carreira da Índia de Hugo Miguel Crespo. Museu do Oriente. Lisboa, 2014, 199 págs. Mole.
“Pimenta de Cochim, canela do Ceilão ou cravinho das Molucas não foram os únicos tesouros cobiçados pelos Portugueses na Ásia. Gemas preciosas e jóias cativaram, desde logo, os primeiros aventureiros que desembarcaram das naus da Carreira da Índia. A grande aventura do Oriente, feita por comerciantes, sacerdotes, aventureiros e militares, foi alimentada pelo apelo das preciosidades orientais, “pelo amor do dinheiro e afeição da pedraria”, no dizer de Fernão Mendes Pinto. Essa “vã cobiça” que cabia num bolso de viajante, fosse agente, perito ou comerciante de ocasião, todos confiantes no retorno lucrativo de um tráfico não controlado pela coroa. Expansão e conquista territorial, foi também uma jornada missionária que, longe do reino, tornou necessária a criação de instrumentos de doutrina e novas alfaias para maravilhamento dos recém-convertidos. Esse império de objetos lavrados em prata e ouro nasceu da confluência artística de mundos diferentes, estranhos e afastados, cada qual imprimindo uma marca própria, tornando-se variação de modelos trazidos na bagagem de nobres e missionários. Circulação dos modelos que se faz de Ormuz a Goa, descendo pelo Malabar, de Cochim a Bengala pela costa do Coromandel, passando a Taprobana, mas também por esse “Mediterrâneo” do mar da China, desde os estreitos de Malaca aos mares de Java e que entra pelos rios da Ásia ao compasso das monções.
Dá-se a conhecer nesta exposição um impressionante conjunto de várias dezenas de peças de ouro e prata, delicadamente trabalhadas e enriquecidas com preciosas gemas e esmaltes de cores vibrantes. Objetos preciosos que não surgem isolados, para serem fruídos apenas pelos seus méritos artísticos ou valor material, mas contextualizados e enquadrados nas dinâmicas dos tempos que os viram nascer. Um conjunto de obras que nos surpreende e que, como Mendes Pinto, nos levam a dizer: que em meus dias nunca vi cousa tão maravilhosa.”
Peso | 1080 g |
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