Pode, assim, afirmar-se que os problemas formais do conto neo-realista estão resolvidos para Mário Braga.” Esta observação foi inteiramente corroborada com os futuros livros, nos quais se verificou uma evolução no sentido de uma maior riqueza, densidade humana e ligação entre forma e conteúdo. Também a temática do autor, inicialmente consagrada, e de maneira notável, à vida rústica, se encaminhou para a análise e descrição de ambientes vilanescos e citadinos.
Ao longo de toda a sua obra literária, o estilo de Mário Braga, que Jacinto Prado Coelho já considera “produto de uma arte tão sazonada, tão segura de si, que nem parece literatura”, foi-se enriquecendo substancialmente, de modo a exprimir o valor profundo dos seus novos temas.