Intervenção Sonâmbula

«Nos homens iguais ou idênticos, a fraternidade é fácil e falsa registava eu na minha experiência, enquanto saía da leitaria, noite alta»

Intervenção Sonâmbula de José Gomes Ferreira

«Há momentos em que as pátrias têm de provar que merecem a independência e o direito de existir pelo seu génio, coragem e audácia e não por meras razões de artificio ou tratados de equilibrio internacional».
Assim pensei eu sempre e, ainda com mais con vicção, durante a musgosa violência hipócrita do meio século salazarista.
Dai que, depois do 25 de Abril, concluida a des colonização, o ter eu esperado com ardimento a Prova Suprema que não só considerava necessária como inevitável desde que Vasco Gonçalves surgiu à frente de vários governos a que aliás pertenciam ministros dos três maiores partidos, não para con servar o que já existia, com alegria de gravatas novas (a que, por via de regra, se chama governar), mas justamente para contradizer essa norma diante da Europa Escandalizada.

15,00 

informação do livro

Título: Intervenção Sonâmbula
Autor: José Gomes Ferreira
Edição: Diabril
Ano: 1977
Páginas: 165
Encadernação: Mole
Capa: Dorindo Carvalho

1ª Edição.

José Gomes Ferreira (1900-1985). Escritor com uma obra vasta, desmultiplicada por variados géneros, explorando as relações entre tradição e modernidade.
Na sua obra expõe os modos de construção textual, dando conta de uma forma literariamente interessante da evolução do seu processo criativo; é neste contexto que, já nos anos 60, Gomes Ferreira vem a defender a concepção do poeta militante, elegendo como objecto da militância a escrita e a aprendizagem pessoal e literária. As obras do autor oferecem ainda componentes oníricas ou de retrato de época, sempre assentes numa atitude irónica e hiper-reflexiva.  Da sua bibliografia destacam-se as obras: Poesia (1948-76); As Aventuras de João Sem Medo (1963); Poeta Militante (1967) ou Sabor das Trevas (1976).


«Há momentos em que as pátrias têm de provar que merecem a independência e o direito de existir pelo seu génio, coragem e audácia e não por meras razões de artificio ou tratados de equilibrio internacional».
Assim pensei eu sempre e, ainda com mais con vicção, durante a musgosa violência hipócrita do meio século salazarista.
Dai que, depois do 25 de Abril, concluida a des colonização, o ter eu esperado com ardimento a Prova Suprema que não só considerava necessária como inevitável desde que Vasco Gonçalves surgiu à frente de vários governos a que aliás pertenciam ministros dos três maiores partidos, não para con servar o que já existia, com alegria de gravatas novas (a que, por via de regra, se chama governar), mas justamente para contradizer essa norma diante da Europa Escandalizada.

Peso 180 g

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