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Imagens do Portugal Queiroziano

“Eça iria mais tarde servir-se essencialmente de dois elementos para provocar no leitor a sensação de autenticidade da sua ficção: a naturalidade do diálogo e a descrição de espaços cénicos naturais, habitacionais e urbanos onde faz decorrer a intriga romanesca. O cenário real de que se serve não é, porém, no universo literário queirosiano, um pano de fundo meramente estético ou gratuito. Ele motiva o diálogo, compartimenta e dinamiza a acção, liga-se à vida das personagens estabelecendo uma correlação íntima com a sua movimentação, projectando-se, muitas vezes, no seu comportamento e estado de espírito.”

Esta passagem vem logo a seguir a uma referência a O Mistério da Estrada de Sintra, obra de 1870, ainda no início da carreira de Eça de Queirós, que A. Campos Matos informa ter causado preocupação às autoridades da época, tão convincente resultara a urdidura do relato.

Nas Imagens do Portugal Queirosiano as 243 apresentadas em primeiro lugar, que dizem respeito à obra, são relativas a Lisboa, Leiria, Sintra, “Tormes” e outros lugares onde Eça de Queirós a fez desenrolar. As restantes 51 dizem respeito à sua biografia. No primeiro grupo, a imagem 66 é de um mapa da geografia de A Ilustre Casa de Ramires e de A Cidade e as Serras. A imagem 243 é de um prospecto do dentista de Luísa. O capítulo 11 informa sobre as entidades, públicas e privadas, que cederam as imagens, e também que as não referenciadas foram executadas pelo autor do presente livro. O capítulo 4 mostra a geografia queirosiana em Portugal. O capítulo 7 dá notas complementares às imagens, mostrando claramente o cuidado e o rigor postos no estudo da obra, até na comparação com opiniões diversas da de A. Campos Matos. Outros capítulos debruçam-se sobre os endereços em Lisboa dos lugares públicos, teatros, etc., as residências dos personagens e os topónimos cuja designação se alterou. Indica-se a bibliografia e apresentam-se dois índices remissivos das imagens, um por obras e o outro geral. Em anexo vêm plantas de Lisboa, Coimbra, Leiria e Sintra, contendo o último indicações complementares sobre a primeira cidade. A edição contém dois prefácios, um deles de João Medina, que vinha já da primeira, de 1976.

Numa obra toda tão interessante é entretanto de destacar a selecção das citações que relacionam as imagens incluídas na primeira parte, com passagens das obras de Eça de Queirós. Contribuem para confirmar a ideia de que este nos transmitiu um retrato muito vivo e real da sua época, e também para compreendermos o porquê de o sentirmos ainda tão actual, mais de um século após a sua morte.

25,00 

Imagens do Portugal Queiroziano

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“Eça iria mais tarde servir-se essencialmente de dois elementos para provocar no leitor a sensação de autenticidade da sua ficção: a naturalidade do diálogo e a descrição de espaços cénicos naturais, habitacionais e urbanos onde faz decorrer a intriga romanesca. O cenário real de que se serve não é, porém, no universo literário queirosiano, um pano de fundo meramente estético ou gratuito. Ele motiva o diálogo, compartimenta e dinamiza a acção, liga-se à vida das personagens estabelecendo uma correlação íntima com a sua movimentação, projectando-se, muitas vezes, no seu comportamento e estado de espírito.”

Esta passagem vem logo a seguir a uma referência a O Mistério da Estrada de Sintra, obra de 1870, ainda no início da carreira de Eça de Queirós, que A. Campos Matos informa ter causado preocupação às autoridades da época, tão convincente resultara a urdidura do relato.

Nas Imagens do Portugal Queirosiano as 243 apresentadas em primeiro lugar, que dizem respeito à obra, são relativas a Lisboa, Leiria, Sintra, “Tormes” e outros lugares onde Eça de Queirós a fez desenrolar. As restantes 51 dizem respeito à sua biografia. No primeiro grupo, a imagem 66 é de um mapa da geografia de A Ilustre Casa de Ramires e de A Cidade e as Serras. A imagem 243 é de um prospecto do dentista de Luísa. O capítulo 11 informa sobre as entidades, públicas e privadas, que cederam as imagens, e também que as não referenciadas foram executadas pelo autor do presente livro. O capítulo 4 mostra a geografia queirosiana em Portugal. O capítulo 7 dá notas complementares às imagens, mostrando claramente o cuidado e o rigor postos no estudo da obra, até na comparação com opiniões diversas da de A. Campos Matos. Outros capítulos debruçam-se sobre os endereços em Lisboa dos lugares públicos, teatros, etc., as residências dos personagens e os topónimos cuja designação se alterou. Indica-se a bibliografia e apresentam-se dois índices remissivos das imagens, um por obras e o outro geral. Em anexo vêm plantas de Lisboa, Coimbra, Leiria e Sintra, contendo o último indicações complementares sobre a primeira cidade. A edição contém dois prefácios, um deles de João Medina, que vinha já da primeira, de 1976.

Numa obra toda tão interessante é entretanto de destacar a selecção das citações que relacionam as imagens incluídas na primeira parte, com passagens das obras de Eça de Queirós. Contribuem para confirmar a ideia de que este nos transmitiu um retrato muito vivo e real da sua época, e também para compreendermos o porquê de o sentirmos ainda tão actual, mais de um século após a sua morte.

Imagens do Portugal Queiroziano de A. Campos Matos. Livros Horizonte. Lisboa, 2004, 327 págs. Dura.

Alfarrabista


Sem apontamentos.

Descrição

“Eça iria mais tarde servir-se essencialmente de dois elementos para provocar no leitor a sensação de autenticidade da sua ficção: a naturalidade do diálogo e a descrição de espaços cénicos naturais, habitacionais e urbanos onde faz decorrer a intriga romanesca. O cenário real de que se serve não é, porém, no universo literário queirosiano, um pano de fundo meramente estético ou gratuito. Ele motiva o diálogo, compartimenta e dinamiza a acção, liga-se à vida das personagens estabelecendo uma correlação íntima com a sua movimentação, projectando-se, muitas vezes, no seu comportamento e estado de espírito.”

Esta passagem vem logo a seguir a uma referência a O Mistério da Estrada de Sintra, obra de 1870, ainda no início da carreira de Eça de Queirós, que A. Campos Matos informa ter causado preocupação às autoridades da época, tão convincente resultara a urdidura do relato.

Nas Imagens do Portugal Queirosiano as 243 apresentadas em primeiro lugar, que dizem respeito à obra, são relativas a Lisboa, Leiria, Sintra, “Tormes” e outros lugares onde Eça de Queirós a fez desenrolar. As restantes 51 dizem respeito à sua biografia. No primeiro grupo, a imagem 66 é de um mapa da geografia de A Ilustre Casa de Ramires e de A Cidade e as Serras. A imagem 243 é de um prospecto do dentista de Luísa. O capítulo 11 informa sobre as entidades, públicas e privadas, que cederam as imagens, e também que as não referenciadas foram executadas pelo autor do presente livro. O capítulo 4 mostra a geografia queirosiana em Portugal. O capítulo 7 dá notas complementares às imagens, mostrando claramente o cuidado e o rigor postos no estudo da obra, até na comparação com opiniões diversas da de A. Campos Matos. Outros capítulos debruçam-se sobre os endereços em Lisboa dos lugares públicos, teatros, etc., as residências dos personagens e os topónimos cuja designação se alterou. Indica-se a bibliografia e apresentam-se dois índices remissivos das imagens, um por obras e o outro geral. Em anexo vêm plantas de Lisboa, Coimbra, Leiria e Sintra, contendo o último indicações complementares sobre a primeira cidade. A edição contém dois prefácios, um deles de João Medina, que vinha já da primeira, de 1976.

Numa obra toda tão interessante é entretanto de destacar a selecção das citações que relacionam as imagens incluídas na primeira parte, com passagens das obras de Eça de Queirós. Contribuem para confirmar a ideia de que este nos transmitiu um retrato muito vivo e real da sua época, e também para compreendermos o porquê de o sentirmos ainda tão actual, mais de um século após a sua morte.

Informação adicional

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