A arquitectura «manuelina» transporta consigo diversos enigmas que lhe vêm de um registo simbólico sagrado, por vezes de contornos francamente esotéricos, outras vezes revelando uma cultura popular berrante e pag?.
Os grandes monumentos quinhentistas, como, por exemplo, o Mosteiro dos Jerónimos, parecem ser uma sobreposição intencional de discursos «racionais»e ortodoxos, com outros que são fruto de um imaginário que quase nos escapa, de tão secreto que foi. O Renascimento adopta muitos destes temas, mas agora sob uma chave pitagórica e numerológica, assistindo-se ao aparecimento de uma simbólica alquímica e cabalística.