Histórias de Ler e Comer de Manuel Guimarães. Vega. Lisboa, 1991, 175 págs. Mole.
Aqui compramos as melhores patecas ou balancias, que jamais havia visto, as- sim na grandeza como no excelente e doce sabor, e por serem elas tais me moveram a lhe guardar as pevides para em Portugal as semear.
Isto escrevia e publicava, nos primeiros anos do século XVII, um português de 35 anos que, farto de naus e de mares, meteu pés a caminho e regressou, por terra, à pátria amada.
Andando de seu vagar por Arábias, Pérsias e Índias, muitas foram as novidades com que topou, sendo certo que, co- mendo pelo menos duas vezes ao dia, guardou paladares como o destas melancias que valiam o sacrifício de carregar as sementes por milhares de léguas até à família e aos amigos que pretendia deslumbrar,
Veio assim até nós o chá, o café, o açúcar, o cacau, utilizado com naturalidade por todos os recantos de Portugal – e Manuel Guimarães, nestas saborosas crónicas que ora surgem em livro sob o título de Histórias de Ler e Comer, conclui, com ironia e finura (e muita verdade também), que somos, afinal, imitadores gastronómicos dos senhores romanos que há 2000 anos fizeram o favor de nos invadir, tentando, a bem ou a mal, civilizar-nos, o que, de todo, não conseguiram. E isso pelo facto de depreende-se das palavras do cronista consumidores de vegetais, desde o caldo verde às couvadas, passando pelas azeitonas e por muita outra fruta, termos ficado, em matéria de conduto, pelos ovos que se comem cozidos e azeitados entre batatas e verduras. Mas (que se leia este livro de muitos e desvairados aromas!) coisas há entre os nossos usos e costumes que, para o nosso bem, nos proporcionaram a eximia arte de comer do bom e do melhor…
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Aqui compramos as melhores patecas ou balancias, que jamais havia visto, as- sim na grandeza como no excelente e doce sabor, e por serem elas tais me moveram a lhe guardar as pevides para em Portugal as semear.
Isto escrevia e publicava, nos primeiros anos do século XVII, um português de 35 anos que, farto de naus e de mares, meteu pés a caminho e regressou, por terra, à pátria amada.
Andando de seu vagar por Arábias, Pérsias e Índias, muitas foram as novidades com que topou, sendo certo que, co- mendo pelo menos duas vezes ao dia, guardou paladares como o destas melancias que valiam o sacrifício de carregar as sementes por milhares de léguas até à família e aos amigos que pretendia deslumbrar,
Veio assim até nós o chá, o café, o açúcar, o cacau, utilizado com naturalidade por todos os recantos de Portugal – e Manuel Guimarães, nestas saborosas crónicas que ora surgem em livro sob o título de Histórias de Ler e Comer, conclui, com ironia e finura (e muita verdade também), que somos, afinal, imitadores gastronómicos dos senhores romanos que há 2000 anos fizeram o favor de nos invadir, tentando, a bem ou a mal, civilizar-nos, o que, de todo, não conseguiram. E isso pelo facto de depreende-se das palavras do cronista consumidores de vegetais, desde o caldo verde às couvadas, passando pelas azeitonas e por muita outra fruta, termos ficado, em matéria de conduto, pelos ovos que se comem cozidos e azeitados entre batatas e verduras. Mas (que se leia este livro de muitos e desvairados aromas!) coisas há entre os nossos usos e costumes que, para o nosso bem, nos proporcionaram a eximia arte de comer do bom e do melhor…
Histórias de Ler e Comer de Manuel Guimarães. Vega. Lisboa, 1991, 175 págs. Mole.
Aqui compramos as melhores patecas ou balancias, que jamais havia visto, as- sim na grandeza como no excelente e doce sabor, e por serem elas tais me moveram a lhe guardar as pevides para em Portugal as semear.
Isto escrevia e publicava, nos primeiros anos do século XVII, um português de 35 anos que, farto de naus e de mares, meteu pés a caminho e regressou, por terra, à pátria amada.
Andando de seu vagar por Arábias, Pérsias e Índias, muitas foram as novidades com que topou, sendo certo que, co- mendo pelo menos duas vezes ao dia, guardou paladares como o destas melancias que valiam o sacrifício de carregar as sementes por milhares de léguas até à família e aos amigos que pretendia deslumbrar,
Veio assim até nós o chá, o café, o açúcar, o cacau, utilizado com naturalidade por todos os recantos de Portugal – e Manuel Guimarães, nestas saborosas crónicas que ora surgem em livro sob o título de Histórias de Ler e Comer, conclui, com ironia e finura (e muita verdade também), que somos, afinal, imitadores gastronómicos dos senhores romanos que há 2000 anos fizeram o favor de nos invadir, tentando, a bem ou a mal, civilizar-nos, o que, de todo, não conseguiram. E isso pelo facto de depreende-se das palavras do cronista consumidores de vegetais, desde o caldo verde às couvadas, passando pelas azeitonas e por muita outra fruta, termos ficado, em matéria de conduto, pelos ovos que se comem cozidos e azeitados entre batatas e verduras. Mas (que se leia este livro de muitos e desvairados aromas!) coisas há entre os nossos usos e costumes que, para o nosso bem, nos proporcionaram a eximia arte de comer do bom e do melhor…
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