Quando por hábito ou por devoção, por curiosidade ou por amor assistis à missa na igreja, – sejais ou não sejais crentes, – há um momento em que devereis abrir bem os olhos e sentir abalado o coração. É quando o sacerdote, inclinando humildemente o corpo diante do altar, em que cintila o cálice doirado na penumbra do templo, bate no peito com a mais profunda submissão, exclamando repetidas vezes: Domine, non sum dignus! Seja êste rito uma recordação da antropofagia ou um mito histórico, pouco importa. O que é, de facto, é uma das cenas mais comoventes, um dos quadros mais humanos da história das religiões.