Há livros que, apesar da passagem dos anos e da mudança de sensibilidade literária e espiritual, continuam a ter algo significativo a dizer-nos. É o que acontece com aquela que é a mais conhecida obra de Antero de Figueiredo: Fátima. Antero de Figueiredo classifica este seu livro como obra literária: «Um livro de arte, sem propósitos apologéticos, teológicos ou filosóficos.»
Não se trata, pois, de uma história das aparições, embora elas sejam referidas e a mensagem explicitada. Não é uma biografia da Irmã Lúcia, embora o seu testemunho seja a mais importante fonte do autor para a redação da obra. Não é uma história da difusão da mensagem de Fátima ou da devoção a Nossa Senhora, embora as referências sejam constantes. É uma obra literária, nutrida de profunda espiritualidade, que pretende dar a conhecer Fátima e a sua importância religiosa.
Do prefácio, Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima