Em 23 de Maio de 1945, ainda no rescaldo da Grande Guerra, que se saldara pela vitória, consumada quinze dias antes, dos Aliados sobre o Eixo nazi-fascista, era lido aos microfones da B.B.C. de Londres – religiosamente escutada pelos democratas, nas longas noites do trágico conflito um poema em língua portuguesa, intitulado Europa. Pela voz forte e timbrada de um intelectual então emigrado, António Pedro, esse poema, da autoria de Adolfo Casais Monteiro, um dos nossos mais corajosos poetas resistentes à ditadura, acordou em quantos o escutavam a esperança de que também para Portugal a hora da liberdade iria soar, na nova Europa que se erguía sobre o sangue e os escombros decorrentes da criminosa aventura totalitária hitleriana.

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Europa de Adolfo Casais Monteiro. Nova Renascença. Porto, 1991, 163 págs. Mole.

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Em 23 de Maio de 1945, ainda no rescaldo da Grande Guerra, que se saldara pela vitória, consumada quinze dias antes, dos Aliados sobre o Eixo nazi-fascista, era lido aos microfones da B.B.C. de Londres – religiosamente escutada pelos democratas, nas longas noites do trágico conflito um poema em língua portuguesa, intitulado Europa. Pela voz forte e timbrada de um intelectual então emigrado, António Pedro, esse poema, da autoria de Adolfo Casais Monteiro, um dos nossos mais corajosos poetas resistentes à ditadura, acordou em quantos o escutavam a esperança de que também para Portugal a hora da liberdade iria soar, na nova Europa que se erguía sobre o sangue e os escombros decorrentes da criminosa aventura totalitária hitleriana.

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