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Dez Histórias de Amor e Desencanto

Esclareçamos, desde já, que este último aspecto não se aplica, de modo algum, ao caso concreto do presente livro. Não é, com efeito, pela anexação de outros territórios que ele se mostra difícil de catalogar: é antes pela fidelidade aos impulsos primordiais da narra ção, pela instintiva obediência a uma pura necessidade narrativa, pela fixação numa zona anterior a todas e quaisquer divisões em subgéneros. Daí o motivo por que Manuel Jacinto Pereira chamou simplesmente «histórias» (nem «contos», nem «novelas») aos dez textos aqui ensartados; e, quanto a mim, ? facto não é de somenos importância, principalmente numa época como a nossa em que a ficção – de tão «especializada em que por um lado se vem tornando, de tão indiferen ciadas em que por outro vem decaindo – parece esquecer-se, na maior parte das vezes, daquilo que realmente lhe está na origem: o simples gosto de efabular e de contar alguma coisa. É sem dúvida, por isso mesmo, o aparecimento de um novo e autêntico narrador o que podemos saudar, com o devido júbilo que o caso merece, na publicação destas Dez Histórias de Amor e Desencanto. – in Prefácio de David Mourão-Ferreira

6,00 

Dez Histórias de Amor e Desencanto

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Esclareçamos, desde já, que este último aspecto não se aplica, de modo algum, ao caso concreto do presente livro. Não é, com efeito, pela anexação de outros territórios que ele se mostra difícil de catalogar: é antes pela fidelidade aos impulsos primordiais da narra ção, pela instintiva obediência a uma pura necessidade narrativa, pela fixação numa zona anterior a todas e quaisquer divisões em subgéneros. Daí o motivo por que Manuel Jacinto Pereira chamou simplesmente «histórias» (nem «contos», nem «novelas») aos dez textos aqui ensartados; e, quanto a mim, ? facto não é de somenos importância, principalmente numa época como a nossa em que a ficção – de tão «especializada em que por um lado se vem tornando, de tão indiferen ciadas em que por outro vem decaindo – parece esquecer-se, na maior parte das vezes, daquilo que realmente lhe está na origem: o simples gosto de efabular e de contar alguma coisa. É sem dúvida, por isso mesmo, o aparecimento de um novo e autêntico narrador o que podemos saudar, com o devido júbilo que o caso merece, na publicação destas Dez Histórias de Amor e Desencanto. – in Prefácio de David Mourão-Ferreira

Dez Histórias de Amor e Desencanto de Manuel Jacinto Pereira. Parceria A. M. Pereira. Lisboa, 1970, 188 págs. Mole.

Alfarrabista


[Assinatura de posse]

Descrição

Esclareçamos, desde já, que este último aspecto não se aplica, de modo algum, ao caso concreto do presente livro. Não é, com efeito, pela anexação de outros territórios que ele se mostra difícil de catalogar: é antes pela fidelidade aos impulsos primordiais da narra ção, pela instintiva obediência a uma pura necessidade narrativa, pela fixação numa zona anterior a todas e quaisquer divisões em subgéneros. Daí o motivo por que Manuel Jacinto Pereira chamou simplesmente «histórias» (nem «contos», nem «novelas») aos dez textos aqui ensartados; e, quanto a mim, ? facto não é de somenos importância, principalmente numa época como a nossa em que a ficção – de tão «especializada em que por um lado se vem tornando, de tão indiferen ciadas em que por outro vem decaindo – parece esquecer-se, na maior parte das vezes, daquilo que realmente lhe está na origem: o simples gosto de efabular e de contar alguma coisa. É sem dúvida, por isso mesmo, o aparecimento de um novo e autêntico narrador o que podemos saudar, com o devido júbilo que o caso merece, na publicação destas Dez Histórias de Amor e Desencanto. – in Prefácio de David Mourão-Ferreira

Informação adicional

Peso 255 g

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