Engana-se quem espera encontrar em Sérgio um partidário acérrimo dum republicanismo balofo, crédulo de que a solução está na substituição da Realeza pela República, sem buscar um entendimento claro das causas verdadeiras, nem procurar «ensinar o Povo que a liberdade autêntica tem de andar vinculada a dominação de si, ao refreado animo, ao desprezo ds aureas sentimentais e retóricas, aos fraseados vagos, às espectaculosas dramatizações da vida públicas. Esta sua posição atraiu-lhe incompreensões e inimizades durante o periodo republicano, e o exilio e a prisão durante o regime salazarista. Será que, com a Revolução de Abril, chegou a hora do Terceiro Homem?