Por tudo isto, não sabíamos como enfocar e escrever esta obra. Por um lado, impelia-nos o dever de contribuir para o triunfo da verdade, mas por outro temíamos que esta verdade pudesse ser mal interpretada por certas pessoas com mentalidade deformada como um ataque contra a religião católica. Finalmente, decidimo-nos a expor os factos tal como os vemos, com absoluto respeito pela verdade histórica, pois a própria Igreja nos manda dizer sempre a verdade. E se algum secular ou eclesiástico pode ficar maltratado em virtude das suas declarações ou como historiador, consideramo-lo como uma justa defesa contra os que, utilizando todos os meios ao seu alcance e escudados no seu ascendente sobre as pessoas, têm pretendido enganar-nos. Consideramos mais digna esta atitude do que a daqueles que querem levar as pessoas para um determinado fim – por mais louvável que seja empurrando-as com ondas de mentiras porque, quando estas são descobertas, sempre pode ficar a dúvida se as outras aparições admitidas pela Igreja não terão sofrido um processo semelhante e até se pode desconfiar da Bíblia e dos Evangelhos se pensarmos que aqueles que escreveram estas obras são feitos da mesma matéria que estes de Fátima.