As Delícias de Jacques Laurent. Círculo de Leitores. Lisboa, 1976, 636 págs. Encadernação Editorial.
Todo o livro é, sobretudo, uma descoberta do eu que mergulha através das constantes modificações oferecidas pelo tempo e pelo mundo, dividido em quatro partes, que se encadeiam mais logicamente do que à primeira vista parece. Na primeira parte, designada por “As Delícias de Cambrai”, o autor propõe-nos um breve romance de juventude, inacabado e desenvolto, cujo protagonista é “um filho de Tomás, o inspector e da maliciosa Lili”, portanto, um romance marcado ainda (e talvez sempre) pela “presença de um Cocteau: exactamente aquilo que ele gostaria de ter sido”. Depois, em “A Análise”, comenta a estrutura e a razão do abandono dessa primeira obra, acabando por descrever pouco a pouco a sua vida “como uma espécie de recuo que não exclui o esquecimento nem a própria construção”. “O Vinho Quotidiano”, “ou o Pensamento Reservado”, surge sob a forma de um diário “em linguagem directa”, o olhar bem apontado para o alvo, tentando surpreender (e compreender” o estado nascente das suas reacções e obsessões. Quanto à última parte, intitulada, “Os Confins”, constitui uma análise, levada até “aos seus extremos” da própria consciência à luz de certas ideias gerais, a fim de descobrir aquilo que lhe é irremediavelmente pessoal.
As Delícias de Jacques Laurent. Círculo de Leitores. Lisboa, 1976, 636 págs. Encadernação Editorial.
Todo o livro é, sobretudo, uma descoberta do eu que mergulha através das constantes modificações oferecidas pelo tempo e pelo mundo, dividido em quatro partes, que se encadeiam mais logicamente do que à primeira vista parece. Na primeira parte, designada por “As Delícias de Cambrai”, o autor propõe-nos um breve romance de juventude, inacabado e desenvolto, cujo protagonista é “um filho de Tomás, o inspector e da maliciosa Lili”, portanto, um romance marcado ainda (e talvez sempre) pela “presença de um Cocteau: exactamente aquilo que ele gostaria de ter sido”. Depois, em “A Análise”, comenta a estrutura e a razão do abandono dessa primeira obra, acabando por descrever pouco a pouco a sua vida “como uma espécie de recuo que não exclui o esquecimento nem a própria construção”. “O Vinho Quotidiano”, “ou o Pensamento Reservado”, surge sob a forma de um diário “em linguagem directa”, o olhar bem apontado para o alvo, tentando surpreender (e compreender” o estado nascente das suas reacções e obsessões. Quanto à última parte, intitulada, “Os Confins”, constitui uma análise, levada até “aos seus extremos” da própria consciência à luz de certas ideias gerais, a fim de descobrir aquilo que lhe é irremediavelmente pessoal.
Peso | 675 g |
---|
Rua Álvaro Cunhal
nº 4A, Piso 1, Escritório 1
2005-414 Santarém
Visitas por marcação.