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António Ferro: O Inventor do Salazarismo

É impossível entender o salazarismo em toda a sua extensão sem conhecer a figura singular de António Ferro. A originalidade do regime autoritário português, envolto numa cortina de brandos costumes habilmente tecida, é, de resto, uma resultante directa da sua intervenção; e a sua essência não pode, por isso, ser dissociada das manobras e expedientes que usou para construir a imagem política do ditador. Ao leme do aparelho de propaganda, foi a proa e o mastro do regime pró-fascista, manipulando os órgãos de Comunicação, perseguindo e excluindo adversários, falsificando hábitos e costumes e inventando tradições que nunca existiram – do Galo de Barcelos às Marchas Populares de Lisboa. Usando (e abusando) do poder que lhe foi criteriosamente entregue, sentou à mesa do orçamento intelectuais e artistas, arquitectando com eles a figura de um ditador messiânico num país pobre que dança o vira e o fandango. Levou a farsa panfletária ao ponto de comparar Salazar a «uma máquina de raciocinar», vergado ao «espectáculo» da sua inteligência. Verdadeiro workaholic – sempre solícito, venerando e obrigado -, manteve com o ditador uma intimidade única, testemunhando conversas privadas que nunca chegou a contar. Desassossegado, ambicioso e extremamente culto e criativo, foi o homem certo no lado errado da História. Orlando Raimundo traça-lhe nesta obra um retrato fiel.

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António Ferro: O Inventor do Salazarismo

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É impossível entender o salazarismo em toda a sua extensão sem conhecer a figura singular de António Ferro. A originalidade do regime autoritário português, envolto numa cortina de brandos costumes habilmente tecida, é, de resto, uma resultante directa da sua intervenção; e a sua essência não pode, por isso, ser dissociada das manobras e expedientes que usou para construir a imagem política do ditador. Ao leme do aparelho de propaganda, foi a proa e o mastro do regime pró-fascista, manipulando os órgãos de Comunicação, perseguindo e excluindo adversários, falsificando hábitos e costumes e inventando tradições que nunca existiram – do Galo de Barcelos às Marchas Populares de Lisboa. Usando (e abusando) do poder que lhe foi criteriosamente entregue, sentou à mesa do orçamento intelectuais e artistas, arquitectando com eles a figura de um ditador messiânico num país pobre que dança o vira e o fandango. Levou a farsa panfletária ao ponto de comparar Salazar a «uma máquina de raciocinar», vergado ao «espectáculo» da sua inteligência. Verdadeiro workaholic – sempre solícito, venerando e obrigado -, manteve com o ditador uma intimidade única, testemunhando conversas privadas que nunca chegou a contar. Desassossegado, ambicioso e extremamente culto e criativo, foi o homem certo no lado errado da História. Orlando Raimundo traça-lhe nesta obra um retrato fiel.

Título: António Ferro: O Inventor do Salazarismo
Autor: Orlando Raimundo
Edição: D. Quixote
Ano: 2015
Páginas: 388
Encadernação: Mole
Depósito Legal: 387292/15
ISBN: 978-972-20-5689-2

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Descrição

É impossível entender o salazarismo em toda a sua extensão sem conhecer a figura singular de António Ferro. A originalidade do regime autoritário português, envolto numa cortina de brandos costumes habilmente tecida, é, de resto, uma resultante directa da sua intervenção; e a sua essência não pode, por isso, ser dissociada das manobras e expedientes que usou para construir a imagem política do ditador. Ao leme do aparelho de propaganda, foi a proa e o mastro do regime pró-fascista, manipulando os órgãos de Comunicação, perseguindo e excluindo adversários, falsificando hábitos e costumes e inventando tradições que nunca existiram – do Galo de Barcelos às Marchas Populares de Lisboa. Usando (e abusando) do poder que lhe foi criteriosamente entregue, sentou à mesa do orçamento intelectuais e artistas, arquitectando com eles a figura de um ditador messiânico num país pobre que dança o vira e o fandango. Levou a farsa panfletária ao ponto de comparar Salazar a «uma máquina de raciocinar», vergado ao «espectáculo» da sua inteligência. Verdadeiro workaholic – sempre solícito, venerando e obrigado -, manteve com o ditador uma intimidade única, testemunhando conversas privadas que nunca chegou a contar. Desassossegado, ambicioso e extremamente culto e criativo, foi o homem certo no lado errado da História. Orlando Raimundo traça-lhe nesta obra um retrato fiel.

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