Amália Rodrigues, Retratos Fotográficos de Silva Nogueira. Instituto Português dos Museus. 1999. Brochado.
“Silva Nogueira que, nas palavras de Vítor Pavão dos Santos, “era o fotógrafo preferido dos actores”, legou-nos um espantoso conjunto de imagens de Amália, através de fotografias realizadas entre 1942 e 1954. Nelas se dá a ver a transfiguração de que acima falei, conduzindo a cantadeira que se chama Amália, ainda sem pose de corpo, à fadista trágica que impõe à sua volta o silêncio contido da grande arte, através da figura que se adelgaça, num vigor delicado de gestos e comovente interioridade. Nelas se dá a ver também que Amália se construiu, adquirindo uma mágica coincidência com o desenrolar da carreira conquistada. Há avanços e recuos nessa elaboração, linhas perdidas e desejos de fuga que não perturbam, antes enriquecem, a fondura do compromisso da sua “estranha forma de vida”. E a estranheza é aqui um dos mais intensos adquiridos da cultura portuguesa do nosso século.”
25,00 €
“Silva Nogueira que, nas palavras de Vítor Pavão dos Santos, “era o fotógrafo preferido dos actores”, legou-nos um espantoso conjunto de imagens de Amália, através de fotografias realizadas entre 1942 e 1954. Nelas se dá a ver a transfiguração de que acima falei, conduzindo a cantadeira que se chama Amália, ainda sem pose de corpo, à fadista trágica que impõe à sua volta o silêncio contido da grande arte, através da figura que se adelgaça, num vigor delicado de gestos e comovente interioridade. Nelas se dá a ver também que Amália se construiu, adquirindo uma mágica coincidência com o desenrolar da carreira conquistada. Há avanços e recuos nessa elaboração, linhas perdidas e desejos de fuga que não perturbam, antes enriquecem, a fondura do compromisso da sua “estranha forma de vida”. E a estranheza é aqui um dos mais intensos adquiridos da cultura portuguesa do nosso século.”
Amália Rodrigues, Retratos Fotográficos de Silva Nogueira. Instituto Português dos Museus. 1999. Brochado.
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“Silva Nogueira que, nas palavras de Vítor Pavão dos Santos, “era o fotógrafo preferido dos actores”, legou-nos um espantoso conjunto de imagens de Amália, através de fotografias realizadas entre 1942 e 1954. Nelas se dá a ver a transfiguração de que acima falei, conduzindo a cantadeira que se chama Amália, ainda sem pose de corpo, à fadista trágica que impõe à sua volta o silêncio contido da grande arte, através da figura que se adelgaça, num vigor delicado de gestos e comovente interioridade. Nelas se dá a ver também que Amália se construiu, adquirindo uma mágica coincidência com o desenrolar da carreira conquistada. Há avanços e recuos nessa elaboração, linhas perdidas e desejos de fuga que não perturbam, antes enriquecem, a fondura do compromisso da sua “estranha forma de vida”. E a estranheza é aqui um dos mais intensos adquiridos da cultura portuguesa do nosso século.”
Peso | 845 g |
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