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Guilherme Avelino de Azevedo Chaves nasceu em Santarém a 30 de Novembro de 1839. Fez o curso de Humanidades no Liceu daquela cidade, depois do que fundou e dirigiu ali o jornal O Alfageme, « folha política, literária e npticiosa » ( nº 1 , 15-6-1871 ), iniciando a atividade de jornalista num meio hóstil que não suporta a sua intervenção polémica a propósito da comuna de Paris. Que não se tratava de um animador cultural desconhecido no seu tempo, revela-o a sua ligação ao grupo da « geração de 70 » com o qual aparece na cena portuguesa a subscrever o programa das « Conferências do Casino » e não é dos menos ativos contra a prepotência e a venalidade de quem ordenara o encerramento das « conferências democráticas ». Transferindo-se para Lisboa, o seu talento de jornalista pode observar-se através de numerosas publicações, desde a Lanterna mágica ao famoso Álbum das Glórias onde, sob o pseudónimo de João Rialto, anima as caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro com crónicas ( a última é de Janeiro de 1882 ) de grande originalidade estilística e que provocam o desespero da Ordem e da Carta, das classes e das instituições conservadoras. Como correspondente da Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, segue para Paris em 1880, cidade onde acaba por morrer prematuramente dois anos depois .O seu exórdio poético tem lugar com Aparições ( 1867 ) seguindo o modelo lirico lamartiniano, embora com Radiações da Noite ( 1871 ) se produza uma rutura no sentido do novo iluminismo cultural, não sem contaminações retóricas de Victor Hugo que atingirão igualmente o canto de Guerra Junqueiro ou de Gomes Leal. É, porém, com A Alma Nova ( 1874 ) que o tecido poético apresenta marcar de modernidade e um discurso com não poucas homologias com o de Cesário Verde, razão por que não será ousadia falar de Guilherme d`Azevedo como percursos Cesário. De resto, na época, a renovação da forma poética era atribuída muito mais ao primeiro do que ao segundo. Antero e Camilo não esconderam o seu entusiasmo pelo verbo novo azevediano. E é conhecida a mágoa de Cesário ( carta a Silva Pinto ) quando Teófilo Braga, depois de ler os seus poemas, se manifesta abertamente por Guilherme d`Azevedo « talvez o único que no futuro poderá representar a poesia moderna »

Alma Nova

Guilherme Avelino de Azevedo Chaves nasceu em Santarém a 30 de Novembro de 1839. Fez o curso de Humanidades no Liceu daquela cidade, depois do que fundou e dirigiu ali o jornal O Alfageme, « folha política, literária e npticiosa » ( nº 1 , 15-6-1871 ), iniciando a atividade de jornalista num meio hóstil que não suporta a sua intervenção polémica a propósito da comuna de Paris. Que não se tratava de um animador cultural desconhecido no seu tempo, revela-o a sua ligação ao grupo da « geração de 70 » com o qual aparece na cena portuguesa a subscrever o programa das « Conferências do Casino » e não é dos menos ativos contra a prepotência e a venalidade de quem ordenara o encerramento das « conferências democráticas ». Transferindo-se para Lisboa, o seu talento de jornalista pode observar-se através de numerosas publicações, desde a Lanterna mágica ao famoso Álbum das Glórias onde, sob o pseudónimo de João Rialto, anima as caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro com crónicas ( a última é de Janeiro de 1882 ) de grande originalidade estilística e que provocam o desespero da Ordem e da Carta, das classes e das instituições conservadoras. Como correspondente da Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, segue para Paris em 1880, cidade onde acaba por morrer prematuramente dois anos depois .O seu exórdio poético tem lugar com Aparições ( 1867 ) seguindo o modelo lirico lamartiniano, embora com Radiações da Noite ( 1871 ) se produza uma rutura no sentido do novo iluminismo cultural, não sem contaminações retóricas de Victor Hugo que atingirão igualmente o canto de Guerra Junqueiro ou de Gomes Leal. É, porém, com A Alma Nova ( 1874 ) que o tecido poético apresenta marcar de modernidade e um discurso com não poucas homologias com o de Cesário Verde, razão por que não será ousadia falar de Guilherme d`Azevedo como percursos Cesário. De resto, na época, a renovação da forma poética era atribuída muito mais ao primeiro do que ao segundo. Antero e Camilo não esconderam o seu entusiasmo pelo verbo novo azevediano. E é conhecida a mágoa de Cesário ( carta a Silva Pinto ) quando Teófilo Braga, depois de ler os seus poemas, se manifesta abertamente por Guilherme d`Azevedo « talvez o único que no futuro poderá representar a poesia moderna »

7,50 

A Alma Nova de Guilherme D’ Azevedo. Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Lisboa, 1981, 122 págs. Mole

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Sem apontamentos.

Descrição

Guilherme Avelino de Azevedo Chaves nasceu em Santarém a 30 de Novembro de 1839. Fez o curso de Humanidades no Liceu daquela cidade, depois do que fundou e dirigiu ali o jornal O Alfageme, « folha política, literária e npticiosa » ( nº 1 , 15-6-1871 ), iniciando a atividade de jornalista num meio hóstil que não suporta a sua intervenção polémica a propósito da comuna de Paris. Que não se tratava de um animador cultural desconhecido no seu tempo, revela-o a sua ligação ao grupo da « geração de 70 » com o qual aparece na cena portuguesa a subscrever o programa das « Conferências do Casino » e não é dos menos ativos contra a prepotência e a venalidade de quem ordenara o encerramento das « conferências democráticas ». Transferindo-se para Lisboa, o seu talento de jornalista pode observar-se através de numerosas publicações, desde a Lanterna mágica ao famoso Álbum das Glórias onde, sob o pseudónimo de João Rialto, anima as caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro com crónicas ( a última é de Janeiro de 1882 ) de grande originalidade estilística e que provocam o desespero da Ordem e da Carta, das classes e das instituições conservadoras. Como correspondente da Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, segue para Paris em 1880, cidade onde acaba por morrer prematuramente dois anos depois .O seu exórdio poético tem lugar com Aparições ( 1867 ) seguindo o modelo lirico lamartiniano, embora com Radiações da Noite ( 1871 ) se produza uma rutura no sentido do novo iluminismo cultural, não sem contaminações retóricas de Victor Hugo que atingirão igualmente o canto de Guerra Junqueiro ou de Gomes Leal. É, porém, com A Alma Nova ( 1874 ) que o tecido poético apresenta marcar de modernidade e um discurso com não poucas homologias com o de Cesário Verde, razão por que não será ousadia falar de Guilherme d`Azevedo como percursos Cesário. De resto, na época, a renovação da forma poética era atribuída muito mais ao primeiro do que ao segundo. Antero e Camilo não esconderam o seu entusiasmo pelo verbo novo azevediano. E é conhecida a mágoa de Cesário ( carta a Silva Pinto ) quando Teófilo Braga, depois de ler os seus poemas, se manifesta abertamente por Guilherme d`Azevedo « talvez o único que no futuro poderá representar a poesia moderna »

Informação adicional

Peso 195 g

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