Sob o Olhar de Deus

Sob o Olhar de Deus de Hans Killian

Na mais elevada colina, sentado num banco à margem de um bosque de faias cujo verde-claro se destaca maravilhosamente na primavera, do verde sombrio dos pinheirais da Floresta Negra, eu estava admirando ao longe o vale de Friburgo. Lá em baixo, mergulhadas na bruma dourada do crepúsculo, as casas da cidade agrupavam-se em torno da majestosa catedral, cujos sinos entoavam a canção da tarde. Lentamente, meu olhar percorria a bela paisagem, detendo-se por momentos, sobre os bosques, as montanhas, as matas, as dobras desta boa terra. Um quadro que, apesar da cruciante angústia do mundo actual, fazia nascer em mim um sentimento de profunda serenidade. Impelida por um ódio cego, a humanidade destruíra o que pudera. Homens, mulheres e crianças foram mortas: cidades e aldeias, reduzidas a ruínas; a confiança e a esperança desapareceram; – mas nada pudera destruir estas belas montanhas, estes encantadores vales. A natureza restava-nos, eterna e calma.

Esgotado

informação do livro

Sob o Olhar de Deus de Hans Killian. Flamboyant. Brasil, s.d., 227 págs. Encadernado.

Na mais elevada colina, sentado num banco à margem de um bosque de faias cujo verde-claro se destaca maravilhosamente na primavera, do verde sombrio dos pinheirais da Floresta Negra, eu estava admirando ao longe o vale de Friburgo. Lá em baixo, mergulhadas na bruma dourada do crepúsculo, as casas da cidade agrupavam-se em torno da majestosa catedral, cujos sinos entoavam a canção da tarde. Lentamente, meu olhar percorria a bela paisagem, detendo-se por momentos, sobre os bosques, as montanhas, as matas, as dobras desta boa terra. Um quadro que, apesar da cruciante angústia do mundo actual, fazia nascer em mim um sentimento de profunda serenidade. Impelida por um ódio cego, a humanidade destruíra o que pudera. Homens, mulheres e crianças foram mortas: cidades e aldeias, reduzidas a ruínas; a confiança e a esperança desapareceram; – mas nada pudera destruir estas belas montanhas, estes encantadores vales. A natureza restava-nos, eterna e calma.

Peso 440 g

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