Nascido em Estugarda em 1770, Georg Wilhelm Friedrich Hegel é geralmente considerado como o «último filósofo da totalidade», tendo marcado o culminar da ambição de sistematismo racional ao tentar integrar todos os domínios da realidade numa arquitetónica englobante que só encontra paralelo em Aristóteles e em São Tomás de Aquino.

Na esteira de Fichte e Schelling, o objetivo central de Hegel será o de reconciliar os dualismos remanescentes da filosofia crítica kantiana (fenómeno/númeno, pensado/pensante, natureza/liberdade, saber/fé…), que classificou como simples filosofia «do entendimento», incapaz de ultrapassar as antinomias que ela mesma evidenciara.

No centro do sistema hegeliano encontra-se a ambição de superar todas as cisões, «elevando o Homem da vida finita à vida infinita», constituindo assim um projeto grandioso de organização do saber como um todo – o saber absoluto: «(…) que a filosofia se aproxime da forma da ciência – do objetivo de poder renunciar ao seu nome de amor do saber e ser um saber efetivo – eis aquilo que me propus».

Hegel morreu em Berlim em 1831, onde chegou a ocupar o posto de reitor da Universidade, detendo um estatuto privilegiado como filósofo «oficial» do Estado prussiano. No entanto, a ambição do sistema que desenvolveu acabou por se revelar um obstáculo à sua aceitação.

Friedrich Hegel in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2019. [consult. 2019-08-26 17:37:00]. Disponível na Internet: https://www.infopedia

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