Escritor português, de nome completo Francisco Lopes Vieira de Almeida, nascido a 6 de junho de 1888, em Castelo Branco, e falecido a 20 de janeiro de 1962, em Cascais. Formado na Faculdade de Letras de Lisboa, com uma Licenciatura e Doutoramento em Filosofia, onde permaneceria como docente até ao ano de 1958. Poeta e romancista, foi, todavia, no âmbito da Filosofia que mais se notabilizou, nomeadamente, na área da Lógica, da Gnosiologia e da Estética.
A obra filosófica de Vieira de Almeida parece demonstrar a atitude que ele próprio exige à Filosofia: uma permanente busca – por via da análise, que Vieira de Almeida valoriza especialmente – de coerência do sistema de conceitos veiculados pelas doutrinas filosóficas. Esta visão pressupõe que a Filosofia tem de ser sistemática, donde resulta que qualquer filosofia que careça de sistematicidade não possa ser considerada como tal.
Vieira de Almeida, influenciado profundamente pela doutrina do Círculo de Viena, lança críticas fortes à metafísica ontológica, afirmando que não lhe é lícito atribuir-se a existência como atributo. Na sequência deste raciocínio afirma que a filosofia não pode ser metafísica, a metafísica é que pode ser ou não ser filosófica. Vieira de Almeida ataca a lógica clássica, defendendo que a lógica deve ser apofântica.

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